quarta-feira, junho 29, 2005

Estou confuso...

Numa coisa eles acertaram - no nome que deram ao disco! Eu, pelo menos, estou completamente confuso. Sinceramente, não consigo entender como é que certas bandas, que demoraram anos a adquirir um certo estatuto, insistem em atirar tudo borda fora, com uma sucessão de disparates em forma de músicas ( ? ).

Eu ainda sou do tempo em que os No Use For a Name eram bons. A sério, eles já foram bons, não estou a brincar convosco. Até ao Making Friends eles eram excelentes, depois veio o More Betterness - e desse já só se aproveitam metade das músicas. A desgraça que teve por nome Hard Rock Bottom foi o que se seguiu, e, como uma desgraça nunca vem só, os californianos decidiram brindar-nos com outra, esta, que da pelo nome de Keep Them Confused. O disco não tá bom nem mau, tá mesmo uma merda ( desculpa lá Loura, mas é verdade! ). Quer dizer, para quem gosta daquele Pop com guitarras distorcidas, ao melhor estilo da MTV, este cd deve ser o máximo, agora... para quem gosta do som dos primeiros cds de NUFAN... esqueçam, não o comprem. Aliás, nem vale a pena o trabaho de o ouvir. Acreditem, está mesmo mau. Não há muito mais pra falar acerca deste disco. Se alguém não acreditar na minha palavra e preferir gastar uns Euro ou tempo útil de net a sacar esta bosta... força, mas depois não digam que não avisei.

No Use For a Name - Keep Them Confused - 1 ( 0 / 10 )

terça-feira, junho 28, 2005

I´m Back...

Pois turminha, estou de volta. Pensei que com a chegada do verão os disparates fossem diminuindo aqui pelos tascos, mas ( infelizmente ) já vi que não. Acabou a época futebolística, e a guerra passou para a política, ou melhor dizendo, para certos ideais e acções ligados á política.

Tenho lido por aí muita merda, e, como é óbvio, não tenho gostado do que li. Por falta de tempo, ainda não consegui responder condignamente a certas barbaridades que tenho lido ( não só os post em blogs "vizinhos", mas também alguns comentários mais infelizes ), mas prometo retaliação para muito breve - não com a intenção de fomentar ódios ou de alimentar guerritas parvas, mas para que certos iluminados não se achem senhores da razão, para que certas mentes brilhantes não pensem que ficam sem resposta por parte de quem não está de acordo com eles. Me aguardem...

sexta-feira, junho 24, 2005

E não é que o Hitler até devia ser um gajo porreiro??


Devido aos comentários feitos a um polémico post do nosso companheiro da blogosfera, PixacomXis, Sinto a necessidade de exprimir a minha opinião quanto ao crescente ódio racial que neste momento atinge a população Portuguesa.
É óbvio que com a abolição das fronteiras na zona Europeia, o crescimento da população estrangeira cresceu a um ritmo vertiginoso. Agora o que me espanta é que em pleno século XXI ainda existem pessoas que tratem os Africanos por macacos ou barrotes queimados. Segundo esta gente o modo como se trata desta situação é porrada neles!!Ainda por cima são violentos,coisa que tentam condenar.Gente esta que parece não ter consciencia da sua identidade como ser humano e a quem a igualdade de direitos de todos os cidadãos deste mundo são nada mais do que palavras vagas no seu vocabulário.
Não estou aqui para defender quem participa em acções como as que aconteceram em Carcavelos ou Quarteira. Penso que não é correcto atribuir as culpas a uma raça só porque alguns dos seus membros têm atitudes como aquelas. Então poderiamos também considerar todas as atrocidades cometidas por gente de cor clara e se forem bem contabilizadas e avaliadas poderemos também constatar que são bem mais graves que os famosos arrastões. Será simples por isso ver que o “mal” não tem uma cor, não tem uma raça e não é proveniente duma só região do mundo. O verdadeiro problema reside num facto bastante diferente do que o racial. O verdadeiro mal reside na desigualdade ao direito de viver, à diversidade de qualidade de vida que o mundo apresenta neste momento e principalmente ao interesse económico que destroi tudo o que lhe interfere o caminho.

"Negro correndo:"Pega que é ladrão!!!",Negro parado:"Pega que é suspeito!!", Gabriel o Pensador

"what exactly are the great historical accomplishments of "your" race that make you proud to be white?Capitalism? Slavery? Genocide? Sitcoms? Guns? War? Pollution? Addiction? NAFTA? Thigh-Master?This is your fucking white-history, my "friend".So why don't we start making a history worth being proud of and start fighting the real fucking enemy:the white male capitalist supremacist.", John K. Samson

sexta-feira, junho 17, 2005

Summertime...

De modo a celebrar condignamente o início ( oficial ) do verão, que é já na próxima terça, fui forçado a tirar umas férias, para me certificar de que tudo correrá dentro dos conformes. Assim, da minha parte, até dia 27 do corrente não serão colocados mais disparates neste antro de actividades virtuais obscuras, nada dado a assuntos sérios ou a algo minimamente coerente. Mas como nem tudo são más notícias, e sabendo de antemão que vocês aí desse lado podem não saber bem o que devem levar, e o que fazer, quando forem de férias, eu disponho-me a ajudar. Deste modo, deixarei aqui uma lista de coisas que devem ( ou não ) fazer neste verão.


- Levar crianças para férias está fora de questão ( todos os humanos com menos de 14 anos, os que tiverem idade superior a essa também não vos vão querer acompanhar )
- Evitar coisas como o “Correio da Manhã” ou a “TVI” – estragar o verão para quê?
- Comprar “O Crime” e ler com atenção – rir faz bem á saúde
- Comprar o “Blitz” e ler ainda com mais atenção – rir muito faz muito bem á saúde
- Deixar a colecção dos Abba e da Diana Ross em casa ( os seus vizinhos de férias vão agradecer-lhe, os seus tímpanos também )
- Não ouvir rádio ( se tenho que explicar porquê, é possível que tenha que consultar um especialista brevemente, o seu caso é grave )
- Entre cada dois shot´s de Tequilla, beba uma cerveja. O seu estômago vai agradecer e a carteira também. E a ressaca será menor, podem confiar!
- É obrigatório ver um concerto dos Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers
- Não cantarolar nada dos Toranja nem dos Easy Special ( é de mau tom cantar música de merda, especialmente no verão! )
- Essencial petiscar caracóis, salada de búzio e de polvo ( regar bem é igualmente essencial, tal como uma mariscadazita! ), naqueles maravilhosos fins de tarde
- Deixar em casa a boneca insuflável ( vá lá meus, é verão. Se não engatam uma miúda agora, então… bem, levem lá o raio da boneca… )
- Comprar sempre os três diários desportivos, as férias são uma boa altura para ler ficção
- Insistir no visual boys band, á noite, mas especialmente para ir á praia ( então? Eu também gosto de me rir de alguma coisa, pode ser ou não? )
- Bikinis de dimensões reduzidas é só para quem pode, ok? Evitem as figuras tristes e o vómito de terceiros
- Ir á praia passear a prancha está Out. As meninas já não se impressionam, aliás, já ninguém quer saber dessa merda!
- Ter aulas de surf com mais de 12/14 anos é cena de loser. Se ainda não sabem manusear a prancha, esqueçam. Também não é agora que vão aprender
- Deixar lixo na praia ( sim, pontas de cigarros e afins, também ) é do pior.
- Arranjar confusão só porque não se está na própria terra. Violência é sempre falta de inteligência, mas de férias? De férias é um atestado de imbecilidade, mais – é um verdadeiro mestrado de idiotice!

Com a certeza de ter contribuído para um verão mais feliz, aqui me despeço com um até breve e de lágrima no canto do olho… ( he he he – NOT! ) Bom fds!!!

PS - Se fizer férias na Ericeira, e se for á praia, tenha a cordialidade e o bom senso de ter em consideração os seguintes aspectos:

- Ir de fato-de-treino ( solo ou em conjunto, tipo família-feliz ), principalmente se for daqueles que fazem barulho com o andar e que são sempre de multicoloridos
- Levar o tacho, o garrafão, a toalha de mesa, talheres e afins
- Levar o cobertor ao invés da toalha
- Camisas abertas até ao umbigo e unhaca do mindinho grande
- Fios, pulseiras e cachuchos dourados
- Bigodão nos cavalheiros e penteado 80´s nas senhoras
- Ter o rádio aos berros
- Ficar o dia todo vestido, como se estivesse em qualquer outro local
- Levar daqueles putos que passam o dia a berrar ( Ó mãe, quero ir ao banho! Ó pai, quero um gelado! )… Da-se, tenham paciência!

Quem tiver com ideias de tentar alguma destas gracinhas ( mesmo que seja num Domingo! ), vá ciente que, nessa linda terra, estes factores são mais do que suficientes pra se ser vítima de apedrejamento público, sem direito a julgamento ou qualquer outro tipo de defesa. Estão avisados, agora é convosco. Até ao meu regresso!

quinta-feira, junho 16, 2005

Star Weeds

May The force be with you!
Posted by Hello

quarta-feira, junho 15, 2005

Três minutos de silêncio...

... Portugal ficou mais pobre.







A todos um muito obrigado. Em especial ao camarada Manuel Tiago.

terça-feira, junho 14, 2005

(des)Ilusões

Eis que a suposta gravidade começa a fazer sentido no momento em que a queda encontra os seus limites na calçada de betão, pintada de fresco dois dias antes, mas a contra gosto, por dois operários a queimar os últimos minutos antes do final do turno. Os vinte e poucos anos de vida, moldados em forma humana, eram agora não mais do que uma massa disforme, envolta num líquido encorpado e avermelhado, fruto da tentativa de fusão entre duas matérias não fundíveis. Facto é que tal seria impensável, um tamanho salto para o pátio das traseiras. Impensável e imprevisto, muito menos naquele simpático e quente verão, que se ia desenrolando languidamente, e a apenas dois dias do encerramento sazonal da firma. Aparentemente aquilo estava fora de hipótese, não faria sentido após a esperada promoção... mas a verdade é que o puto, que até era atinadinho e porreiro, não aproveitou os lucros de feitos passados.

O mar ia quebrando certinho, tava tipo filme havaiano, perfeito para abençoar o sol que se ia anichando lá por trás da última linha visível, lentamente, como se quisesse sair de fininho, como que a tentar passar despercebido. Todo aquele cenário transpirava serenidade e paz. Avançou até ao mar. Enquanto grossas gotas de água salgada lhe escorriam pela face, tropeçando num sorriso nervoso antes de chegarem ao queixo, foi tirando a roupa, peça por peça. Sentou-se e fumou meio cigarro, e deixou a metade acesa a queimar o pequeno bilhete que tinha escrito meio á pressa, ainda dentro do carro. Levantou-se e avançou, contra a rebentação, por entre branco, prateado e aquela cor de fogo linda, que só o por do sol consegue transmitir ao mar. Dias antes tinha recebido a notícia que a esperada criança tinha, finalmente, nascido.

A fazer lembrar os subúrbios americanos, ou o sonho americano, aquela é, certamente, a vida perfeita para muitas pessoas. Uma mulher super vistosa e sempre soberbamente arranjada, que cuida incansavelmente de três crianças muito louras como o pai. A vivenda, com o esplendoroso jardim relvado em volta, a piscina e a garagem espaçosa, onde ficam albergados o veículo todo o terreno e o desportivo topo de gama, acabadinho de estrear. E claro, os cães, um alvo e outro negro. Tudo isto numa rua tranquila, numa localidade pacata, com uma comunidade falsamente amistosa. Abriu a porta e passou o vestíbulo, subindo rapidamente para o escritório. Assinou uma dezena de documentos e cheques e alimentou as piranhas do aquário, enquanto observava pela janela a brincadeira dos filhos. A seringa, cheia de ar, foi cuidadosamente retirada de dentro da gaveta. O sufoco acabaria em breve…

quinta-feira, junho 09, 2005

Us Vs. Them

Não por falta do que dizer, mas por não ter como dizer isto de outra maneira.
Hoje é dia de acordar. Como diria o Jesse Michaels - "Smile when your friends are watching!" ; "Unity, unity, unity!!!!"
Bom fds.

Us Vs. Them

All roads lead the same direction
we all see eye to eye
won't stand for a bad connection
we came to keep things tight
prove this, prove that
proving is nothing
let's all just be ourselves
focused with the right aggression
turn to each other for help
people merge on state of mind from all
different walks of life
don't need any more stupid division
don't need to feel uptight

Brother - I'll always look out for you
if I feel it back
Sister - we'll brave the outside world
off the beaten track

When it's us vs. them
you can always count on me
When it's us vs. them
it's a global unity

Open the extended family
the family is growing fast
friendship will transcend the borders
the world is shrinking fast
Cities merge on state of mind
there's nothing wrong with that
don't need any more stupid division
don't fall for their trap

Brother - I'll always look out for you
if I feel it back
Sister - we'll brave the outside world
off the beaten track

When it's us vs. them
you can always count on me
When it's us vs. them
it's a global unity

terça-feira, junho 07, 2005

To All My Friends...

... obrigado! Pela preocupação e por essas coisas, mas não há motivo para tal!

A Fuligem é ficção, e como tal, qualquer semelhança com a realidade... quer dizer... nem sequer existem semelhanças entre o escrito e a realidade. Os que de vós têm estado mais próximos, os que me têm acompanhado mais de perto nestes últimos meses, sabem bem que a minha vida é precisamente o oposto do que escrevi ontem. Mas se vos consegui deixar a pensar... fico satisfeito, o objectivo era mesmo esse! Fica aqui então o esclarecimento e o agradecimento.

Tá aí o verão meus... enjoy!

segunda-feira, junho 06, 2005

Fuligem

Acordo invariavelmente no mesmo deserto de sempre. Sozinho. Levanto-me e caminho á deriva, e por mais sombras ou oásis que encontre, não refreio o passo para me refrescar. Ao invés, invisto com mais tenacidade em direcção ao sol, que me vai mudando a cor da tez para um negro pardacento, que é em tudo semelhante ao meu interior, um negro que iguala a paisagem circundante, enquanto o dia come minutos para apressar a vinda da noite. Quando esta chega, limito-me a parar e deixo-me tombar, dormente e de olhos postos no céu, como se de lá pudessem vir respostas, como se esperasse algo de transcendente, algo que viesse alumiar um caminho pré-definido e de rota há muito traçada. O corpo ressente-se e está cada vez mais cansado, demasiadamente enfraquecido para prosseguir.

Desconcertado e contrafeito. Sinto-me como um balão, que lentamente vai ficando sem ar, cada vez mais vazio e sem conteúdo, sem luz. Parece que algo me vai sugando a vida e a vontade própria, como um co-piloto suicida, que insiste nas coordenadas em direcção ao abismo mais próximo. Para evitar um corte abrupto com tudo, tendo a moldar-me aos tempos e ás necessidades, mas apenas por não conseguir moldar o que me rodeia á minha imagem e conveniência. Após anos e anos de combate teórico, a escassez de voluntários para o combate real irá fazer com que me resigne e aceite pacatamente, tipo carneirinho, todo este plástico que me envolve.

Ineficaz, quase inoperante. A luta permanente para continuar a acreditar nos sonhos é, no mínimo, desgastante. E falo apenas em manter a fé em algo de bom ( ou de melhor ), pois a vontade de lutar por eles, pelos projectos começados na infância e cimentados na adolescência, é de uma inconstância tenebrosa e assustadora. Fico por ali, naquele limbo, entre a vontade de fazer mais alguma coisa, de ir mais além, e a crescente indolência e resignação de quem se começa a achar demasiado velho para tentar outra vez, mais uma vez. Estou farto de levar chapadas sem mão.

E por mais cores que o sol me traga, cada vez mais, tudo me parece coberto de uma espessa camada de fuligem, uma massa de cor indefinida, que transforma os meus dias em serenas e lentas repetições de tristeza. O meu sorriso mais sincero foi há muito substituído por um esgar sarcástico, que só serve para iludir os mais próximos, ocultando o meu desespero, aliado maior da minha eterna vontade de desaparecer sem deixar rasto. Ainda assim, por algum motivo que ainda não descortinei, existe algo que não me deixa desligar de tudo e desistir de vez. Só me questiono até quando conseguirei continuar a acordar e deixar-me ir, em piloto automático, nesta rotina…

sexta-feira, junho 03, 2005

Ser Super não Implica Ser Sailor…( parte 2 )

Mal dormido e ressacado, lá fui eu, a caminho da marina para o segundo dia de prova. Ao contrário da véspera, que estava um sol radioso e quente num dia sem vento, neste sábado de manhã antevia-se o pior. E os meus temores tornaram-se realidade, assim que o bote zarpou da marina para o alto mar, tudo se complicou. Além do estado miserável em que me encontrava, o vento e o frio tornaram-se insuportáveis, e a isto ( devido ao excesso de tripulação a bordo, as funções eram rotativas ) acumulei um não fazer nada obrigatório, o que se veio a revelar fatal para a minha já debilitada condição física, e que me obrigou a deitar a carga ao mar. Foram horas de suplício, até ao final da regata e regresso ao cais, mas como um mal nunca vem só, assim que passamos a bóia de chegada, a merda do motor pifou e tivemos que esperar pelo reboque para atracarmos. Resultado de estar parado a espera do reboque? Esse mesmo, mais carga ao mar. Mas, desta vez, por já nada ter para vomitar, foi ver um líquido verde e asqueroso a sair cá de dentro, o que me levou, obviamente, a nova convulsão e… deu pra perceber, certo?

A noite foi tranquila, até porque o jantar acabou muito cedo, os barris de cerveja por volta da 1h, e a vontade de sair, após um dia aziago, não era muita – confesso. Além de que, no Domingo, íamos ter que nos levantar pelas 7h e estar ás 8h na praia, para a derradeira prova da 6ª edição da General´s Cup. Tava um tempo de merda na manhã de Domingo. Não tava frio, mas o vento ficou desde a véspera e a chuva decidiu dar a cara neste nosso último dia em terras gaulesas. Ora, como os senhores da organização não devem saber que a areia das praias normandas é, pura e simplesmente, nojenta, decidiram que a última prova seria construir uma fortaleza no dito areal, isto debaixo de chuva! Santa camelice! E pronto, lá fiz a merda do castelo, ou uma espécie de, e fui almoçar á pressa, pois o comboio para Paris não ia esperar muito mais. Blá blá blá, e enquanto esperava pela hora do avião para voltar, ainda soube ( via sms, obrigado Ni e Jójó! ) do golo do Simão na final da Taça de Portugal, só não entendi porquê, pois tanto a senhora como o cavalheiro sabem perfeitamente que eu nem sequer gosto de futebol…

Chegada a Lisboa sem vislumbrar, dos céus, qualquer festejo vermelho nas ruas, o que me levou a calcular um mau desempenho dos CAMPEÕES NACIONAIS na final da Taça – facto que se veio a confirmar com um pesaroso sms do HR e com um alegre telefonema do Joanssen ( que é lagarto, e como os dele não ganharam puto, alegrou-se com a vitória alheia… mas de bola fala-se em outros locais! ). Desembarque, correr até um quiosque – para beber o primeiro café decente em 4 dias, e para fumar uma bisca de homem, e tudo isto a preços mais de acordo com a minha bolsa. Fora do aeroporto, a recepção, extremamente ansiada, foi a melhor – a dona do sorriso mais cool do mundo estava lá á minha espera. Depois… bem, isso agora não interessa nada… Bom fds!!!

quinta-feira, junho 02, 2005

Ser Super não Implica Ser Sailor…( parte 1)

Após testemunhar a violência de um concerto de Punk Rock no seu habitat natural ( traduzindo – concerto dos Whiskey Dancers numa casa okupada em Mem Martins, algo de indescritível, só mesmo visto…- deixem comentários, façam um abaixo-assinado a pedir ao Cheech para explicar a confusão que foi, eu prefiro não opinar sobre esses assuntos! ), deu-se a violência de me levantar de madrugada, num feriado, de modo a partir para Paris de França, posteriormente para Deauville, para participar numa violenta regata ( se acham que estou a exagerar ao chamar “violenta” a uma regata, façam uma, e depois conversamos! ). Na capital da arrogância estava um calor inadmissível para uma capital europeia, e ar condicionado é um conceito alheio aos franciús, pois não se conseguia estar em lado nenhum sem ter enormes gotas de suor a escorrer, e consequentemente, uma constante sensação de desconforto.

Eram umas 15h, e visto que o comboio que nos levaria a Deauville só ia arrancar ás 18h, um dos génios que integrava a comitiva lembrou-se de correr meia Paris a pé, sob aquele calor, que a essa hora eram uns bons 30/32 graus, e de mochilas ás costas, qualquer coisa á volta de 30kg de peso. Eu até gosto de andar e de conhecer sítios novos, mas tenham paciência! Aquilo em tudo se assemelhou a uma travessia de deserto, tipo prisioneiro a caminho das galés. Horrível, horrendo, mas mal sabia eu que isto ainda não era nada… Uma sesta no comboio deu a ideia que a Normandia era mesmo ali ao lado, e a chegada foi a confusão esperada, quando se juntam 400 pessoas dos 4 cantos do mundo e quando os elementos da organização do evento falam tão bem inglês como eu falo francês – não é zero, mas é pouco mais que isso! Hotel, jantar e estava na hora de ir beber qualquer coisa antes de dormir – pediram-me quase 4€ por uma mísera imperial ( isto no café da estação, que era a única coisa aberta no raio da vila ), e como considerei que para pagar isso mais valia ser assaltado, fui directo ao hotel, carregar baterias para o primeiro dia de comb… de regata!

O primeiro dia de corrida aquática até foi engraçado. Puxa cabo, larga cabo, ora vai prá esquerda ora vai prá direita do bote ( eu podia dizer bombordo e estibordo, mas não quero confundir ninguém…), iça vela, recolhe vela… tão a ver o filme, né? Amigos, aquilo, visto na TV, até parece fácil, desporto típico de betinhos, certo? Errado meus! É dureza andar ali umas quantas horas a dar o corpo ao manifesto, a beber pingas de água e a comer uma bolachita quando o rei faz anos – espertos foram os rapazes da equipa irlandesa, que cagaram de alto para a regata, e passavam o dia a beber fresquinhas e a apanhar sol no bote! Fim de corrida, dia de passeio. De Deauville a Trouville era apenas uma ponte de distância, e eu e o Chef Sousa decidimos ir investigar, pois o dia estava bom pra caminhadas. O calor abrasador até passou meio desapercebido, pois a indumentária era mais fresca, nada de mochilas, e dava pra ir parando nas esplanadas á beira-rio e ir bebendo umas e outras para refrescar. A noite chegou com a jantarada de grupo, qual casamento, com a animação a cargo a banda de Mr. O – uns clássicos, extremamente bem-humorados, que deram ao jantar um fabuloso ambiente de festa. A noite ainda foi longa, veio mesmo a revelar-se longa demais…

Ficamos no recinto até acabarem os barris de cerveja e seguimos, eu e o Chef Sousa, até Trouville, na esperança de encontrar um bar aberto, mas foi mentira, nada de bares – raio dos franceses, vão todos cedo para as palhas! Ao pedirmos informações a uma moça, qual não foi o nosso espanto quando, além de nos indicar aquele que era o único bar aberto, ainda teve a gentileza de nos dar boleia – isto, aqui no burgo, era simplesmente impensável, acho mesmo que nem a informação nos teria sido dada. Bar á porta fechada, com ambiente de filme esquisito – hooligans a jogar snooker, lésbicas a comerem-se em altas no balcão ( inclusive a moça que nos deu boleia! ) e outras espécies estranhas, tudo isto a juntar aos dois empregados, que pareciam saídos de um vídeo dos Take That. Fomos para o hotel, já não eram horas de estar acordado, tendo em conta que dali a alguns minutos íamos voltar ao veleiro, para o segundo dia de prova.

Continua.

quarta-feira, junho 01, 2005

Por Aqui, Andamos Cheios de Ideias...

Era isto ou não dizer nada... Desculpem!

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