sexta-feira, junho 03, 2005

Ser Super não Implica Ser Sailor…( parte 2 )

Mal dormido e ressacado, lá fui eu, a caminho da marina para o segundo dia de prova. Ao contrário da véspera, que estava um sol radioso e quente num dia sem vento, neste sábado de manhã antevia-se o pior. E os meus temores tornaram-se realidade, assim que o bote zarpou da marina para o alto mar, tudo se complicou. Além do estado miserável em que me encontrava, o vento e o frio tornaram-se insuportáveis, e a isto ( devido ao excesso de tripulação a bordo, as funções eram rotativas ) acumulei um não fazer nada obrigatório, o que se veio a revelar fatal para a minha já debilitada condição física, e que me obrigou a deitar a carga ao mar. Foram horas de suplício, até ao final da regata e regresso ao cais, mas como um mal nunca vem só, assim que passamos a bóia de chegada, a merda do motor pifou e tivemos que esperar pelo reboque para atracarmos. Resultado de estar parado a espera do reboque? Esse mesmo, mais carga ao mar. Mas, desta vez, por já nada ter para vomitar, foi ver um líquido verde e asqueroso a sair cá de dentro, o que me levou, obviamente, a nova convulsão e… deu pra perceber, certo?

A noite foi tranquila, até porque o jantar acabou muito cedo, os barris de cerveja por volta da 1h, e a vontade de sair, após um dia aziago, não era muita – confesso. Além de que, no Domingo, íamos ter que nos levantar pelas 7h e estar ás 8h na praia, para a derradeira prova da 6ª edição da General´s Cup. Tava um tempo de merda na manhã de Domingo. Não tava frio, mas o vento ficou desde a véspera e a chuva decidiu dar a cara neste nosso último dia em terras gaulesas. Ora, como os senhores da organização não devem saber que a areia das praias normandas é, pura e simplesmente, nojenta, decidiram que a última prova seria construir uma fortaleza no dito areal, isto debaixo de chuva! Santa camelice! E pronto, lá fiz a merda do castelo, ou uma espécie de, e fui almoçar á pressa, pois o comboio para Paris não ia esperar muito mais. Blá blá blá, e enquanto esperava pela hora do avião para voltar, ainda soube ( via sms, obrigado Ni e Jójó! ) do golo do Simão na final da Taça de Portugal, só não entendi porquê, pois tanto a senhora como o cavalheiro sabem perfeitamente que eu nem sequer gosto de futebol…

Chegada a Lisboa sem vislumbrar, dos céus, qualquer festejo vermelho nas ruas, o que me levou a calcular um mau desempenho dos CAMPEÕES NACIONAIS na final da Taça – facto que se veio a confirmar com um pesaroso sms do HR e com um alegre telefonema do Joanssen ( que é lagarto, e como os dele não ganharam puto, alegrou-se com a vitória alheia… mas de bola fala-se em outros locais! ). Desembarque, correr até um quiosque – para beber o primeiro café decente em 4 dias, e para fumar uma bisca de homem, e tudo isto a preços mais de acordo com a minha bolsa. Fora do aeroporto, a recepção, extremamente ansiada, foi a melhor – a dona do sorriso mais cool do mundo estava lá á minha espera. Depois… bem, isso agora não interessa nada… Bom fds!!!

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