segunda-feira, janeiro 31, 2005

Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers

Devido a uma gigantesca quantidade de mail´s que recebi a perguntar quem é a banda que recebeu o prémio de melhor banda nacional, aqui nos Mini Sagres Awards 2004, sinto-me obrigado a explicar aos meus queridos leitores quem é a banda em questão. Assim, nos próximos dias, será aqui relatada a verdadeira história dos Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers.

Segundo reza a lenda, Diana, era uma simples miúda que do Dafundo. Portuguesinha típica de classe média/baixa, ainda com a dentição completa, a repetir o 11º ano pela 5ª vez, gostava de Techno, de charros, de pastilhas e do seu mais-que-tudo, o Ernesto. Os papás tinham um bungalow para férias no camping da Caparica, e graças a esse bungalow, a vida amorosa de Diana ia de vento em popa, pois além da rapidinha que dava depois das aulas ( assim que o Ernesto largava da oficina , na arrecadação do prédio onde vivia ), dava para ir dar uma ou duas com calma, depois de jantar, pois do Dafundo á Caparica, no Golf GTI do Ernesto, era um pulinho.

Mas esse bungalow acabaria por ser a primeira de uma vida repleta de desgraças. Foi lá que a polícia foi descobrir os bugos do Ernesto (escondidos num fundo falso da churrasqueira comprada no Jumbo de Setúbal ), e foi lá também que descobriu que estava grávida, fruto de uma aventura que teve nesse fatídico local, com um brasileiro, num daqueles Sábados que o Ernesto não conseguiu ir ter com ela, porque tinha ido ver o seu Sporting ( ou seja, tinha dado um pulinho ao Avião com a malta lá do bairro ).

Namorado preso, e com a vida de pantanas ( os pais deram-lhe guia de marcha, quando descobriram que ela estava grávida ), foi forçada a encontrar rapidamente uma solução de recurso. Não teve meias medidas. Foi a Badajoz abortar, vendeu o resto dos bugos e pastilhas que o Ernesto lhe tinha pedido para guardar, e toca de emigrar para os States. Fixou-se em New Orleans, na esperança de ser inspirada pelo espírito do Jazz e transformar-se num mito maior que a Ella Fritzgerald ou mesmo na nova Tina Turner.

Foi no meio da folia do Mardi Gras que conheceu Barry Jones. Barry era sino-americano, filho de pai americano e mãe vietnamita ( as más linguas dizem que ele era fruto de causualidades da guerra...), que acreditava piamente que o espírito do falecido Brian Jones ( dos Stones ), tinha encarnado na sua pessoa ( o seu nome verdadeiro era Barry Tsing Tao ). A paixão entre os dois foi imediata, e o casamento foi dois dias depois, apenas o tempo de chegar a Maryland á boleia. Barry geria um pequeno bar de strip, propriedade de um tio, numa das zonas mais manhosas da cidade, onde fazia algum dinheiro explorando bailarinas exóticas ( estrangeiras ilegais sem autorização de residência ), e aldrabando no Whiskey, que era negócio de família, vindo directamente do Vietnam.

Todos os Sábados á noite, antes do show lésbico – o prato forte da semana, a banda de Barry e Diana subia ao palco, para tocar covers de Santana, Ricky Martin e de Whitney Houston, eram os New Orleans Soledad Orchestra. Barry tinha tudo menos o talento de Jones, e Diana não era propriamente uma diva... bem, nem de perto nem de longe. Numa discussão mais acalorada com um fã ( um cliente do bar, que lhe disse umas verdades acerca da qualidade da banda ), Barry sofreu um AVC, pois seu coração, apesar de ainda ser relativamente jovem, não aguentou as emoções geradas com o calor da discussão, juntamente com uma mistura letal de coca e Whiskey marado. Com o esposo morto, Diana Jones voltou a estaca zero.

O tio de Barry, que nunca tinha aprovado a união do sobrinho com a portuguesa, deixou bem claro a Diana que teria que trabalhar como as outras, para ter direito a comida e cama. E Diana não teve outro remédio senão trabalhar como stripper. Nesse mesmo dia, jurou a si mesma que iria juntar dinheiro e voltar a Portugal. Assim, foi guardando a miséria que recebia como stripper, juntado-a ás gorjetas que recebia dos clientes. Mas não chegava, mesmo assim era curto. Diana desceu ao fundo do poço, e foi forçada a acompanhar alguns clientes do bar pela noite dentro, outras vezes foi convidada especial em festas privadas, organizadas por hot-shots da cidade, onde fez de tudo um pouco, tudo isto para conseguir juntar dinheiro mais rapidamente. Utilizou ainda o restante tempo livre em ensaios fotográficos para revistas de adultos e em filmagens da mesma especialidade. Em cerca de oito meses juntou o que precisava para o bilhete de avião e para um pequeno pé-de-meia.

( continua )

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Nazi Punks Fuck Off !!!!

Certas misturas fazem mal, todos sabemos isso. Por exemplo, misturar religião com música dá, geralmente ( para não dizer sempre ), merda. Porque, salvo raras excepções –e agora não me lembro de nenhuma, temos Gospel, aqueles coros manhosos das igrejas, White Metal, Black Metal, e, para estragar tudo mesmo, temos ainda os Creed e os P.O.D.. Qualquer destas situações é pavorosa. Outra mistura má, é aquela onde após 20 Minis e 4 shots de Tequilla, se aposta nuns quantos Gin Tonic. Os resultados desta mistura aparecem na manhã seguinte, e é o que se sabe.

Pior que as anteriores, é a mistura de futebol com ideais políticos, principalmente porque pode ( e consegue ) influenciar pessoas de pouca idade e com as ideias por definir, e também porque gera confrontos, e nesses confrontos, há sempre alguém, que não tem nada com aquilo, que leva por tabela. Felizmente, no nosso país, esse tipo de mistura não está muito desenvolvida, mas ainda se encontram casos. O Grupo 1143, parte integrante da Juve Leo ( que batem em elementos da própria claque, só por estes não serem brancos ), e, claro, os perfeitos anormais dos Super Dragões, considerada pelas autoridades a mais violenta e perigosa das claques, que vai ao aeroporto receber os adversários europeus de equipas portuguesas com faixas de apoio, que copia ideais e cânticos de claques assumidamente de extrema direita, nomeadamente, a do Verona e da Lazio.

Esse tipo de apoio não é anormal em Itália, pátria do fascismo, e claques de extrema direita não são difíceis de encontrar por lá. De Turim a Palermo, passando por Verona, Milão e Roma ( mas não misturem as claques do Chievo e da AS Roma nestes filmes, pois estas limitam-se a apoiar clubes dessas cidades ), por lá, conseguimos encontrar de tudo um pouco.

Mas os animais da Lazio são mesmo os piores, e já por várias vezes manisfestaram o seu apoio a elementos ou organizações de extrema direita ( se tivermos em consideração que essa claque apupa todos os jogadores que não sejam brancos, por vezes basta não serem italianos, mesmo os da própria equipa, isso não é de estranhar...). Temos o exemplo de Liveranni, primeiro italiano negro a representar a selecção, que é sistematicamente assobiado pela claque, e o seu colega brasileiro César ( que nem sequer é negro ) recebe o mesmo carinho. Outro brasileiro ( este da rival Roma, branco também ), Zago, foi brutalmente espancado, quando saía com a esposa de um restaurane. A Aaron Winter, holandês negro e judeu ( creio que foi mesmo o primeiro negro a jogar na Lazio ), nos jogos em casa, eram atiradas bananas pela própria claque. Os mesmos meninos exibiram num derby romano uma tarja com os seguintes dizeres – Equipa de negros, curva de judeus. São tão giros, não são?

Visto que a idiotice de milhares é difícil de controlar, o mínimo esperado era que os jogadores não dessem qualquer tipo e incentivo a estas atitudes de merda. Com a saída do palerma sérvio da Lazio para o Inter ( não escrevo o nome do otário, porque evito sempre os palavrões ), rapazinho defensor desse tipo de idiologias nojentas, pensei que as coisas fossem acalmar para aqueles lados. Puro engano.



Nos primeiros dias de Janeiro, num LazioRoma ( creio que para a Taça de Itália ), e após ter marcado um golo, Paolo di Canio, jogador da Lazio com idade para ter juízo ( 36 anos ), não teve ideia mais feliz do que ir festejar o dito golo, frente á claque da sua equipa, com a saudação fascista! ( como podem ver na imagem acima ) Gesto esse muito aplaudido pela neta de Mussolinni ( a Lazio era equipa era a preferida desse FDP ), e pelas bestinhas da dita claque. A federação italiana de futebol estuda agora o castigo a aplicar ao anormal, que garante que o gesto não teve significado político ( ele merecia era um canio up his ass! ).

Visto ter sido ontem comemorado o 60º aniversário da libertação de Auschwitz, o Mini Sagres propõe que, o castigo, a aplicar a esse monte de merda em forma de gente, sejam 20 jogos de suspensão ( pelo menos! ) e um Euro de multa, por cada pessoa assassinada nesse campo de morte.

Muitas Minis, bom fds!

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Mais novidades

Tal como o planeta, e tudo o que nos rodeia, também o Mini Sagres On Line é um ser virtual vivo e em constante mutação.Nessa perspectiva, hoje trago algumas novidades e mudanças, no que diz respeito á área que fica do lado direito das baboseiras que aqui vão aparecendo escritas. Considerando que uma das principais fontes de inspiração deste blog é o Rock n´ Roll, foi criada uma secção de links exclusivamente dedicada ao bom som, através da qual os meus amigos conseguem ter acesso aos sites daquilo que gosto de chamar de bom mel, ou seja, sites de bandas e editoras que são do agrado do staff Mini Sagres.

Para a primeira secção de links também chegaram os ditos reforços de inverno. Coisas boas para refrescar e posteriormente aquecer ( Sagres e Bombay ), coisas boas para ver ( site da HBO e o sempre útil Freeones ), e o Smokers Guide (se não sabem para que este serve, tenho muita pena! ). Ah, e claro, links para duas das nossas maiores paixões – o glorioso Benfica e a mais linda vila do planeta Terra – a Ericeira! ( tive para colocar ligação ao site do Ouriço, mas se mais alguém descobre aquela maravilha, todos corremos o risco de morrer enlatados num dos próximos fds! –falou alto a voz da prudência...)

Mas não é tudo. Existem certos miúdos que parecem ter bicho-carpinteiro, e que não conseguem estar quietinhos, a fazer a mesma coisa durante mais do que dez minutos. Pois, como já devem ter percebido, estou a falar do Fora-da-Lei. Não satisfeito com ao caos e a desordem que vinha criando com o seu Cantinho das Sopas ( aqui entre nós, que ninguém nos ouve, ele disse-me que não ia continuar com o blog, pois este estava já a ficar muito mainstream! ), achou por bem ir espalhar brasas para o universo futebolístico, e criou o Mete já o Paulão,onde apenas se remata de fora da área. Vamos lá ver no que isto dá...

Espero que tenham apreciado os vencedores dos Mini Sagres Awards 2004, e, para todos aqueles que tenham ficado com a pulga atrás da orelha para descobrir mais acerca daquela que foi considerada a banda nacional do ano de 2004, prometo, para muito breve, um post esclarecedor, para iluminar os meus caros amigos. Aguardem...

Ah, quase que me esquecia! Acerca dos acontecimentos ocorridos ontem na catedral, quero deixar uma mensagem aos lagartitos ( apenas para aqueles que após o jogo da 16ª jornada, realizado no maior WC do mundo, já eram campeões – e tantos que eles eram nessa noite...), nas palavras imortais do senhor Layne Staley- “ In the darkest hole, you´d be well advised, not to plan my funeral before the body dies!”. Aproveito também para deixar os mais sinceros desejos de boa sorte para a próxima eliminatória da Taça, nesse fabuloso jogo de futebol que será o SportingPorto! He he he...

O Liedson não resolveu e a Taça ...ardeu! Saí uma Casal Garcia...

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Mini Sagres Awards 2004

Finalmente pá! Como o prometido é de vidro, hoje vou presentear os adorados leitores/as deste berlogue com as escolhas dos melhores do ano que passou, nas mais diversas categorias. Antes de anunciar os vencedores desta primeira ( e última? ) edição, passamos a apresentar o nosso digníssimo juri, dos mais variados blogs, que elegeu os vencedores destes prestigiados prémos: o Guitarrista Famoso ( da Querida Guitarra e Biqueirada); Mr. HR ( Moleskine e Tzara); a Cybernetikdoll ( representando o Synthetique ); my dear Jójó ( PixaComXis Produxões in da house, yo! ); o Lazarus e o Comandante ( anarcas de extrema-centro, do Tzara, que nem se costumam meter nestas coisas, mas... ); a jogar em casa o Cheech e eu; e, como convidados especiais, Mr. Ron e o Xô Flecha ( a malta do Blogue de Sanita tentou colar-se a isto, mas este é um blog sério, e não queremos cá gente que só fala de merda! ).

Como em qualquer votação democrática, as respostas mais votadas foram as eleitas, e nos casos em que não existiam repetentes, o vencedor foi escolhido segundo os rigorosos critérios dos elementos deste blog. Assim sendo, e sempre com o pensamento em defraudar as expectativas de quem perde tempo a ler isto, o Mini Sagres Awards, prémio da mais elevada reputação, mais afamado que os Oscar e os Grammys (os MTV Awards e outras merdas do género são para meninos ), e quase ao nível dos Globos da SIC, elegeu os seguintes:


Radio:
- Desculpem, mas por aqui ninguém ouve rádio.


Televisão e afins:
- Melhor serviço informativo – Notícias da Quinta / Contra Informação
- Melhor programa de ficção – TVI Jornal
- Melhor telenovela nacional – Moelas com Açucar
- Melhor actriz nacional – Marisa Cruz
- Melhor actriz internacional – Sylvia Saint
- Melhor actor nacional – José Veiga
- Melhor actor internacional – Liedson
- Melhor filme nacional - ???
- Melhor filme internaional – E Tudo o Vento Levou
- Melhor performer de Stand-up Comedy – Cunt White Castle
- Melhor programa de entretenimento nacional – Liga dos Últimos
- Melhor jornalista nacional – Manuela Boca Guedes / Pimpinha Jardim
- Melhor Concurso – Preço certo em Euros
- Melhor Apresentador – Mota Amaral


Desporto:
- Melhor árbrito de futebol – Olegário Benquerença
- Treinador do ano – Luis Campos
- Desportista nacional do ano – Manuel Luis Goucha
- Desportista internacional do ano – Charisteas / Paris Hilton / Pinilla
- Cronista imparcial do ano – Miguel Gomes / Guitarrista Famoso
- Jornal desportivo do ano – O Jogo
- Dirigente do ano – Jójó ( chairman doEriceira Surf Clube )


Música:
- Banda nacional do ano – Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers
- Banda internacional do ano – O-Zone
- Música nacional do ano – Uma dos Fonzie ou dos Toranja (são todas iguais)
- Música internacional do ano – Dragostea-din Tei ( O-Zone )
- Album nacional do ano – Wake Up Call ( Fonzie ) / Esquissos ( Toranja )
- Album internacional do ano – Dance Mania 2004 / Now 1645
- Concerto nacional do ano – Legendary Tiger Man no Lotus Bar ( não apareceu )
- Concerto internacional do ano - Britty Playback Spears no Rock in Rio Tejo


Sociedade:
- Político nacional do ano – Aliança Fascista em funções ( era difícil escolher um )
- Político internacional do ano – Durão Barroso ( aka Cherne )
- Testa-de-Ferro nacional do ano – Jorge Sampaio
- Testa-de-Ferro internacional do ano – Tony Blair
- Acontecimento nacional do ano – Vitória do Benfica na Taça de Portugal
- Acontecimento internacional do ano – Visita de Mr. Jackson a Macau
- Terrorista nacional do ano – Mogais Sagmento
- Terrorista internacional do ano: George W. Bush


terça-feira, janeiro 25, 2005

Mini Momentos - Insanidade ou burrice?

Pensei em fazer um post chamado Maxi momentos, mas visto que a talega argentina vai para a catalunha, farei o post daqui a uns meses quando o artista for emprestado ao Lanzarote ou ao Badajoz. Assunto arrumado, vamos ao trabalho.

Aparentemente, posso parecer um tipo despreocupado com o que se passa em meu redor, mas não sou. O mundo é um bocadinho de todos, e este país, mesmo na desgraça em que está, é o meu bocadinho favorito. Como cidadão preocupado, dediquei alguns momentos do meu precioso tempo a tentar entender o que levou á insanidade quase todos os portugueses. Ainda não cheguei a qualquer conclusão, mas entretanto deixo aqui alguns dos motivos que me levam a questionar a saúde mental de uma assustadora maioria de habitantes deste país:

- Acham que o Fernando Rocha faz stand-up comedy
- O Correio da Manhã é o jornal mais vendido no país
- A TVI é o canal mais visto
- O futebol abafa a política ou qualquer outro assunto
- Diariamente passam cerca de 20 telenovelas em apenas 3 canais
- O vosso ex-PM nunca foi eleito e ninguém fez nada acerca disso
- Por cá, os Guano Apes, James e Jamiroquai ainda enchem recintos
- Os Toranja vendem discos e dão concertos
- O Pimba é a nossa maior criação cultural desde o Fado
- A arbitragem futebolística é gerida pelo Tony Soprano local
- O FCP ainda é considerado uma equipa portuguesa
- Os lagartos acham que são adeptos do segundo maior clube do país
- O Paulo Adolfo Portas e o Barão Goering Felix fizeram parte do governo
- O Ferro Rodrigues foi líder da oposição
- A Marisa Cruz entra em filmes, e não são porno nem nada!
- O Manuel João Vieira nunca ganhou um Globo de Ouro
- O “novo” líder do PCP é o Jerónimo (não o índio, o técnico de máquinas)
- O Pinto da Costa ainda não foi preso
- O Vale e Azevedo já não está preso
- O Pinilla e o Paulo Almeida foram apresentados como reforços
- Com milhares de sem abrigo só em Lisboa, andamos pelo mundo a construir casas
- Com tanta música de qualidade feita no Brasil, o povo paga para ver a Ivete Sangalo
- O Paulo Portas ainda não entrou nos Batanetes. Porquê?
- Existe a GNR e os GNR
- O português mais conhecido no mundo nem sequer é português
- O bigode continua em voga
- O José Veiga existe mesmo
- O paneleiro do Castelo Branco é considerado uma celebridade
- O mais utilizado meio de informação é o boato

Como podem calcular, estes são apenas alguns dos motivos que levaram a minha indagação. Contínuo em dúvida se isto é fruto de insanidade quase colectiva ou se será alguma variante daquela célebre doença texana, agora muito em moda na Europa (espalha-se tipo ébola, essa merda!) - a burrice! Fico a aguardar os vossos comentários, sugestões e soluções. Despeço-me por agora, com amizade.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

The Judge and the Pitbull

Ir ás cegas para um concerto é algo que raramente faço, não apenas por não gostar de brincar com o meu reduzido saldo financeiro, mas também porque não encaro um concerto como uma mera diversão, como um circo – para isso tenho os jogos do Benfica e essa inesgotável fonte de cenas hilariantes, o Paulo Portas. Concerto, para mim, é igual a missa para os católicos! Desta vez não vou explorar a vertente road trip da coisa, ninguém precisa de saber que foi a primeira vez que levei o carro para o coração da capital, e muito menos que quase ia sendo assassinado por uma otária dentro de um tanque de guerra, que deve ter tirado a carta numa pista de carros-de-choque. Vamos ao que interessa, o meu primeiro evento cultural de 2005.

Tinha uma ideia daquilo que me esperava, porque qualquer pessoa que tenha visto filmes do Kusturica, consegue imaginar o ambiente que vai encontrar num concerto da No Smoking Orchestra.Coliseu em altas, casa cheia, público entre os 16 e os 60 anos, desde o freak Chapitô á tia de Cascais, mas essencialmente cheio de gente bonita ( descontando os pseudo-intelectuais-de-esquerda, daquelas fornadas made in Nova, que insistem naquele visual típico de operário fabril dos anos 60/poeta desempregado), e toda essa gente com o mesmo espírito –Festa! Em poucos concertos que vi anteriormente ( e já lá vão uns quantos nestes ultimos 13 anos...), quase todos protagonizados por intervenientes com menos 10/15 anos que estes senhores, consegui encontrar tanta energia e boa onda, naquilo que foi um misto, entre musica popular sérvia e punk rock (definição dada por Dr. Nele, o vocalista, ao abrir as hostilidades).

Algumas dificuldades técnicas limitaram a minha compreensão de certas partes do concerto, mais especificamente no que diz respeito á letra das canções ( o inglês de Dr. Nele não era o mais explícito, e o meu sérvio anda um pouco enferrujado...), mas, se existem mensagens que se conseguem transmitir unicamente através da música e do chamado feeling, este caso foi disso um exemplo perfeito. Uma secção rítmica coesa e sem falhas ( apesar da banda não poder contar com o seu baterista, Kusturica Jr ficou de fora por lesão), tuba, saxofone e acordeão idem aspas, e um guitarra rítmo muito competente (dono de uma Strat decorada com luzes, que deu um arzinho de feira popular ao concerto), foram sempre uma máquina rotinada e bem oleada, formando, invariávelmente, uma base seguríssima para as aventuras a solo da guitarra de Kusturica ou para o violino do The Judge.

Além da presença de Kusturica (sejamos honestos – o Coliseu encheu porque o realizador/guitarrista pertence á banda), e do fabulouso frontman, destaco ainda o seguinte: o super-violinista, The Judge, e, como ponto alto do concerto ( momento que não é, de todo, difícil de adivinhar ), directamente da banda sonora de Gato Preto, Gato Branco, a afamada Pitbull Terrier – pois malta, aquilo ao vivo abanou as fundações da sala, com um refrão fortalecido por um poderoso strob, distorção metaleira e cantado a uma só voz! Quanto ao homem da noite, The Judge, tocou o seu violino com uma palheta, com os dedos, prendeu o arco no sapato, na boca, utilizou um arco com uns bons dois metros, trocou de roupa enquanto tocava, fez segunda voz... enfim, foi um espetáculo dentro do próprio espetáculo. Se o assunto fosse futebol, ele era o camisa 10!

Sempre com muita gente extra banda em palco ( 98% eram meninas, das quais 80% eram, como diria um grande amigo, pito de qualidade), pequenas encenações em algumas das músicas, várias visitas as bancadas efectuadas por Dr. Nele, e aquele contagiante som, transformaram a noite fria de dia 17 numa quente e alegre comemoração. A vida é um milagre? Não sei, mas sei que devia ser sempre como aquelas duas horas da passada segunda feira – em altas!

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Mr Jackson chapter 2 - Its my aeroplane...

Antes de qualquer outra coisa, umas quantas linhas de reparos:
Primeiro, quero felicitar o Jójó ( PixaComXis Produxões) por mais um aniversário! Depois, uma nota de agradecimento ao Cheech pelo excelente post e por não deixar o Mini Sagres parar. E por fim, um agradecimento a todos aqueles que me foram visitar ao meu real lar, nestes dias que tive de ronh... de baixa. A esses todos (e foram muitos), um bem hajam e voltem sempre!

De volta a estas lides, de post e merdas do género, trago hoje um novo episódio da interminável saga do herói deste blog - Mr Jackson! Como não sou omnipresente (até sou, não posso é explicar como o faço), pedi ao meu companheiro HR (do Moleskine, para os menos atentos), para colocar em texto um daqueles episódios que apenas através do Mr Jackson temos o prazer de conhecer.

Ia a turma numa de surf-trip para os Açores, para a ilha de S. Jorge, para ser exacto, com o nosso herói sempre por perto, não fosse o diabo fazer alguma das dele (não, não é fazer dessas, essas ficam para uma outra ocasião, ok?), naquela que foi a primeira viagem de escolta a uma aeronave, feita pelo nosso herói. O relato que se segue é digno de um Rambo, ou até talvez de um Van Damme. Ou não, qualquer desses mariquinhas levava uma trepa do Mr Jackson. Para vos demonstrar que a coragem pode ter um nome e uma cara, aqui vai:


O que se expõe de seguida ocorreu com Mr. Jackson, na 1ª vez em que este andou de avião (no caso, um voo Lisboa-S.Jorge, com escala nas Lajes), naquela que seria uma das suas intervenções brilhantes na saga açoriana.
Ao ultrapassar o que não recordo se foi um poço de ar ou uma zona de turbulência (o certo é que fez a avioneta abanar-se como uma dançarina de Hula-Hula), e perante a "cara de poucos amigos" dos companheiros de viagem, Mr. Jackson, exclamou naquele seu sorriso aberto e característico: "Até que curti boé o tchica-tchica!"

É de homem de barba rija ou não é? E não sabem vocês a quantidade de bebidas que o senhor em questão mandou abaixo em tão curta viagem...
Bom fds malta, cheio de Minis!

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Olha lá o mau Ambiente......

Depois da tragédia da Ásia, várias questões têm sido levantadas acerca do "estado de saúde" que atravessa o nosso planeta. A calamidade que se abateu sob a região asiática não é um bom exemplo para começarmos a analisar este assunto pois parece comprovado que a geração das "ondas assassinas" deveu-se ao choque de placas tectónicas que constituem o nosso subsolo.
Agora...evidente são os problemas ambientais que a nossa geração já enfrenta bem como outras gerações vindouras irão sofrer com o desenrolar dos anos. Tempestades assolam a região norte da Europa, provocando cheias, ventos e temperaturas totalmente anormais enquanto que por cá, não chove uma gota há já umas longas semanas, senão meses. Ainda há poucas semanas, foram transmitidas via tv, imagens de acontecimentos idênticos na terra do Tio Sam (agora poderemos apelida-la de terra do Tio Bu$h).
É engraçado que nós, seres auto-intitulados como o expoente máximo da cadeia evolutiva, somos também os mais responsáveis (seremos talvez os únicos?) pela degradação do nosso meio. Constantes alertas são ecoados pelo mundo fora em defesa do nosso micro pedacinho de matéria no Cosmos, sendo estes praticamente ignorados por aqueles que nos deveriam representar. Hoje em dia o protocolo de Quioto está por parte da Europa, a tentar ser revisto devido ao desleixo que os Estados Unidos e os países emergentes Asiáticos (China e Índia) têm perante as libertações de gases nocivos à atmosfera. Também....não é de espantar muito, já que o "parceirão" Bu$h pode-se gabar de ter sido governador do estado com pior qualidade ambiental dos States.
Bem....não quero dar sermão a ninguém, apenas tentei preencher este espaço vazio que aqui se encontrava devido à ausência do "guru" superminizinha. Para ele uma rápida recuperação e já agora para mim,para vocês que estão a ler isto e especialmente para toda a raça humana; vamos lá ter noção que nós existimos devido ao nosso meio ambiente e estar a estragá-lo é como atraiçoarmo-nos bem como os que futuramente preencherão o nosso lugar nesta "coisa" que chama-mos Terra.Cheers!!



Como este site é devoto a punkices, deixo aqui uma análise de Greg Graffin que está inserida na música Modern Man de Bad Religion. Penso que esta lírica adapta-se bem ao tema publicado por isso,tomem lá e muito obrigado Mr. Greg!!

--Modern Man--

I've got nothing to say,
I've got nothing to do,
all of my neurons are functioning smoothly
yet still I'm a cyborg just like you,
I'm one big myoma that thinks,
my planet supports only me,

I've got this one big problem:
will I live forever?
I've got just a short time to see,
modern man, evolutionary betrayer,
modern man, ecosystem destroyer,
modern man, destroy yourself in shame,
modern man, pathetic example ofearth's organic heritage
when I look back and think,
when I ponder and ask "why?",
I see my ancestors spend with careless abandon,
assuming eternal supply, modern man...
just a sample of carbon-based wastage,
just a fucking tragic epic of you and I



segunda-feira, janeiro 17, 2005

Mini Momentos - Planos para o futuro?

Olá tropa de choque! Este post não é, certamante, o que mais gozo me dará escrever. Aqui por estas bandas, as notícias não são de todo animadoras. É que o trabalho por aqui aumentou, e, como tal, o tempo que terei daqui em diante para alimentar este bicho vai, forçosamente, diminuir. Resumindo, por muito que tenha para escrever, não sei até que ponto vou conseguir manter o nível exibicional desta equipa, vamos ver como me safo a gerir o meu novo plantel.

Mas entretanto, enquanto não sei ao certo o rumo que isto vai levar, levanto aqui uma pontinha do véu, acerca do que são os planos para o futuro: além da já anunciada aliança com o PixaCom Xis Produxões (que irá resultar em algo que ainda não sei bem o que é, nem sequer faço ideia de quando se tornará público), uma participação mais activa do meu companheiro Cheech(quando lhe for possível, a nossa vida não é isto!), temos também o desenvolvimento das aventuras de Mr. Jackson (que estão adiadas, não esquecidas!), a apresentação dos melhores de 2004 (com uma votação que esteve a cargo de outros bloggers da minha praça ou arredores), uma possível reedição da votação da Musa (uma certa moça não ficou contente com a Musa eleita, por isso...), mais uma quantidade infindável de disparates, uns com mais piada que outros, e (como não podia deixar de ser...), mais uns post sobre música e futebol (que eu sei não serem do agrado de todos, mas... ainda sou eu que mando nesta merda!).

Explicado o estado da nação, vamos aguardar por dias melhores. Por hoje é tudo, tenho um concerto para ir ver, e já tenho os dedos em sangue. Preciso de uma Mini...

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Muse, the final chapter!

Hey! Ao contrário do mau exemplo que nos é dado diariamente pelo (des)governo, por aqui é dito e feito. E, como este blog é cuidadosamente elaborado por gente séria, que diariamente aborda questões pertinentes e relevantes, para que se consiga um mundo melhor, para que nunca nos acusem de “(...) falam falam, falam falam, e depois não fazem nada (...)”, hoje vamos cumprir uma promessa de 2004. Assim sendo, para corresponder á promessa feita, de que seria anunciado nos primeiros dias do ano o nome da vencedora do concurso de Musa Inspiradora, aqui me apresento perante vós. Preparados?

Após uma duríssima final, com extenuantes provas de aptidão ( tipo Dakar, mas em bom! ), e após extensos exames, físicos e psicológicos (que foram desde coisas simples, como testes de QI, a complicados desfiles em bikini e roupa interior, e... Bem, caga nisso, o resto não interessa para o caso neste momento), realizados pelas três finalistas, conseguimos chegar a uma conclusão. A vencedora, com todo o mérito, foi a menina Eliza Dushku, que se destacou pela aplicação, vontade e disponibilidade demonstrada durante todas as provas, superando, com relativa facilidade, as outras duas finalistas (cujos nomes não revelarei, para as poupar a um qualquer embaraço em praça pública).

O vínculo ao Mini Sagres será de quatro épocas (com duas de opção), e a vencedora terá o sublime prazer de servir de inspiração (como é óbvio, mas não só) a este blog. A musa, que entrará em funções logo após o Carnaval (o Carnaval, por estas bandas, é assunto sério, como explicarei num futuro próximo), tem o seu quê de Miss Universo e também de dona de casa, pois tem alguns deveres para com a malta (se calhar pensavam que isto era só inspirar, não? ), entre os quais se podem contar os seguintes - acompanhar o Superminizinha em eventos sociais ( jantaradas, noites de copos, férias e outras merdas desse tipo ), dar um jeitinho na louça e na casa-de-banho ( não é necessário deixar tudo num brinquinho, mas...), contribuir para causas humanitárias ( tipo, pagar as cotas de sócio do Benfica ), etc. Vocês tão a ver o esquema, né?

Pronto, agora que já sabem quem é a vencedora, vou aqui deixar umas fotos da minha linda musa, para que vocês se roam até aos cotovelos de inveja!


quarta-feira, janeiro 12, 2005

Mini Momentos – Boas notícias!

Existem certos dias que nem devemos sair de casa, aliás, que nem nos apetece levantar da cama. Eu conheço bem esses dias, pois há excepção do fds e dos dias em que estou de férias, nunca me apetece sair das palhas.

Ontem, para não variar, sentia-me num desses dias de Inverno, cheio de frio (um daqueles dias que o Fora da Lei define como “Isto hoje tá bom é para ficar em casa a f...r” –não é bem isto, mas deu para entender, certo?), e enquanto pensava na razão pela qual ainda não tenho o Sexy Hot e o Canal Playboy em casa para noites como a de ontem, e enquanto estava a fazer contas de cabeça, acerca do modo como iria gastar o meu tempo após o jantar, quando tenho duas boas notícias quase quase de seguida – A rescisão do Zahovic e a demissão do Mogais Sagmento!

Que fixe pá, estes gajos são uns porreiros! O país e a sua maior instituição, ficam assim, quase ao mesmo tempo, livres de dois dos seus maiores chulos! Fica aqui esta dica para um mundo melhor, e espero sinceramente que, o ex-pseudo-staff do ex-pseudo-governo (especialmente o Pedrinho e o Paulinho), juntamente com o Trap, a Maria Amélia (a.k.a. mariquinhas #21) e o Veiga, sigam tão bonito exemplo!

segunda-feira, janeiro 10, 2005

De volta ao Punk Rock Show!

Depois de uma semana sem falar de música, pois outros valores falaram mais alto, esta semana volto a carga com a garra toda. Assim, e antes de anunciar as minhas escolhas para os melhores e piores do ano, venho aqui falar, mais uma vez, dos senhores que escrevem certas críticas para certos orgãos de comunicação social.

Antes de partir para o ataque, saliento que sei que é complicado, por vezes, não misturar a emoção com a razão, e não é fácil ser totalmente imparcial em relação a certas bandas ou certos cds, mas certas críticas que leio, passam os limites do bom senso. Como abomino o Blitz (que passou de jornal para teens malcriados para uma edição pseudo-intelectual, onde se elevam sempre os mesmos nomes, e onde se bate sempre nos mesmos ceguinhos!), e encaro a Rock Sound quase como leitura de wc, costumo apostar no suplemento Y, para me manter informado sobre as novidades do mundo da música.

Se bem que por vezes não concordo com o que leio, tenho pelo Y uma especial estima, pois, do meu agrado ou não, as opiniões expressas nos textos são, geralmente, bem fundamentadas. Mas certas coisas passam o limite do aceitável, e quando vejo a mesma pessoa a fazer o mesmo tipo de crítica, consecutivamente, fico chateado, com certeza que fico chateado! O senhor em questão dá pelo nome de Pedro Rios, e além de colaborar com o Y, é também colaborador no Bodyspace (site recomendado pelo Mini Sagres para todos os apreciadores de boa música, se ainda não conhecem, toca a carregar no link!), e que deveria ser jornalista (?) do Blitz, pois gosta de bater sempre na mesma tecla.

Não somos obrigados a gostar todos do mesmo, e a liberdade de expressão permite que se diga bem ou mal de qualquer coisa que nos apeteça, isto são factos incontestáveis. Mas parece-me que, estar bem informado sobre o que estamos a falar, é, na pior das hipóteses, algo de essencial, especialmente se tivermos que fazer uma critica acerca de um disco, pois convém termos algo que nos sirva de referência. O senhor Rios (que não conheço, e, como tal, não tenho nada de pessoal contra ele), escreveu críticas sobre três dos últimos lançamentos do universo Punk, curiosamente todos editados pela Fat Wreck Chords, já pertinho do final do ano que passou. Ele transmite aos leitores o seu ponto de vista, que foi nos 3 casos, pouco abonatório para as edições em questão, mas até aqui tudo bem, cada um mija com a sua.

Agora existem certas questões que não entendo, o senhor Rios tem certos tiques que não compreendo. Ou não gosta de Punk Rock e seus derivados(o que é legítimo, ninguém é obrigado a gostar), e dá-lhe especial gozo bater em todas as bandas do género, nacionais ou estrangeiras, boas ou más, ou então não tem bagagem para escrever sobre o assunto, pois são muitos os tiros no pé que dá, especialmente quando se refere ao passado das bandas que critica. Quando não faz isto, limita-se a relatar factos do conhecimento geral de todos, que o mais leigo dos seres não precisa de (re)ler, por tão óbvias serem as informações dadas. E aqui o assunto passa a ser mais grave, pois este tipo de contra-informação pode induzir em erro todos aqueles que desconhecem o trabalho das bandas, e que poderiam estar interessados em conhecer.

Se ao mais recente albúm de Sick of it All, uma edição de lados B e raridades, é dada uma justa nota 6 (em possíveis 10), isto apesar do texto sofrer de ausência de conteúdo útil, fica a sensação de estarmos a ler uma definição mais do que mastigada do que é o NYHC, escrita a medo, por alguém que não tem bem a certeza do que está a fazer, nas criticas a Exile in Oblivion, dos Strung Out, e ao mais recente avacalho dos Me First and the Gimme Gimmes,o senhor espalha-se a sério, e deixa-nos pérolas que são, no mínimo, dignas de figurar no melhor anedotário do jornalismo (?) nacional.



A desgraça começa na avaliação do último album da banda de Jason Cruz, que é apontado como radio friendly ( o que não tem nada de mal, apenas o facto de ser mentira), a”(...) piscar o olho á MTV”. Será que o homem ouviu o mesmo cd que eu? Está a falar mesmo de Strung Out? Será que ele conhece mesmo a banda de que fala, a qual apelida de Emo? Por esta altura, quem conhece o som e a atitude dos Strung Out já se está a rir de certeza, pois tanto disparate junto só pode dar em gargalhada.



Aos MFATGG, o senhor dá uma nota 4 ao mais recente album, uma paródia tipica dos hombres, que é um manual de instruções de como arruinar um suposto album ao vivo. E agora pergunto eu (outra vez), será que o senhor conhece aquilo de que está a falar? Quem é, e o que fez este senhor, de proveitoso e de notável na musica, para mandar bitaites a dizer que aquele tipo de brincadeira nunca devia ter passado para disco? Quem é ele para dizer que as versões de Beats e de Led Zep foram assassinadas (se tivesse conhecimento de causa, saberia que o homicidio de certas musicas é prática corrente para aqueles lados, e totalmente intencional!). Por estas pequenas coisas podemos avaliar o resto do texto.



Nem vou pegar na critica aos lusos Starvan, mas acrescento que ele poderia ter apenas escrito a palavra incompetentes, não era necessário gastar espaço a rebaixar os rapazes. Também não vou pelas citações, prefiro desafiar quem ler isto a pegar no dito suplemento, a ler as criticas em questão, e daí tirar as suas conclusões. Na minha opinião, que vale o que vale, defino as criticas aos cds que mencionei, com uma frase da personagem Marreco, do filme Cidade de Deus – “Só fala merda!” Tenho dito!

sexta-feira, janeiro 07, 2005

O fim de 2004

Aos primeiros raios de sol do último dia de 2004, acordei relativamente bem disposto. Deviam ser umas onze e tal, quando o Cheech e Miss L., se meteram a caminho da praia do Canal, para a última surfada do ano, acompanhados por quase todos os elementos da comitiva (sabem quem ficou para trás? Isso mesmo, a força especial de elite!). O dia estava radioso, nada frio, e a ressaca não deu a cara, apesar da noite anterior ter acabado numa das conversas intermináveis que tenho com o Guitarras, acompanhada pelas peças de xadrez, respectivo tabuleiro, uns ginzitos para mim e o Whiskey do costume para o sr Famoso. O que deu ramboia até pertinho das 7 da manhã.

Adiante. Levantei-me do sofá onde arrochei, e fui despertar o Fora-da-Lei e o Rosso, que ainda dormiam que nem anjinhos, e o combate começou cedo. Entre o já habitual Tonic, cerveja e outras substâncias que alteram a lucidez (que costumam ser servidas enroladinhas, tipo cigarro), a saída para o almoço não foi possível antes das 14h. Lá demos com um cafezito, onde deu para comer umas bifanas em fatias de pão alentejano, e depois, para fugir de toda a agitação que reinava naquela vila (aldeia? Sinceramente, não sei…), fomos até casa, para mais uns rounds de preparação, tipo treino livre da F1.

Mais perto do final da tarde, enquanto eu embalava freneticamente as munições para uma longa noite de combate, o rapaz que almeja ser meu cunhado, fez aquilo que, creio eu, pode ser chamado de uma obra de engenharia moderna. Com a contribuição do Rosso, e de mais alguém que não me recordo, o raio do puto fez um canhão digno desse nome! Pois é, aquilo media uns bons 12/15 cm, e tinha um penta-filtro, logo por aí, conseguem perceber a espessura do bicho! Foi uma bela sobremesa!

Passamos á caserna de baixo, para jantarmos, com todas as tropas reunidas ao mesmo tempo (o que foi coisa rara, garanto!), naquele que foi um agradável jantar de despedida de 2004. Ainda não eram 11h, já os mais impacientes queriam ir laurear a pevide, mas nós, os mais fortes, votamos contra! Como aquilo era (mais ou menos) uma democracia, acabamos por sair, em busca de local para festejar a passagem de testemunho. O bar local, o tenebroso Piranha, estava fechado. Então, pegou tudo nos carros, e fomos em busca da sorte.

Espanto geral, aquando da chegada á localidade em si - é que ali também estava tudo fechado! Gente estranha, esta do sul. Após voltas e voltas de pesquisa, questionamos um bando de rapazolas que circulava por ali (as únicas alminhas que saíram de casa antes das 12 badaladas!), acerca das opções que poderíamos ter. Népia, zero! As opções eram o baile dos bombeiros (opção que agradou a uma escassa minoria) e o castelo, de onde ia ser lançado o fogo de artifício (devia ter dito fireworks? Ficava melhor?). A merda dos votos outra vez, e vai tudo recambiado para o castelo!

Chegados ao topo da colina, não me surpreendi quando vi que não havia nada para fazer, a não ser um contemplar um belo céu estrelado e correr, para evitar a hipotermia. Meia noite. Pum. “Só isto? O quê, viemos parar aqui acima por causa de um foguete? Mais valia termos ficado em casa…”, disse alguém que já não tava a curtir muito a cena. O fogo não achou piada ao desabafo, e retaliou em altas! Aquilo foi uma chinfrineira do pior, uma sessão de explosões como só é possível apreciar nos filmes de Hollywood. E aí sim, começou a festa! Gargalhadas, champagne e baseados, tudo se estava a encaminhar para um boa festarola, mas o melhor foi mesmo ver o Fora-da-Lei (aquele que se diz forte…), a correr para dentro dos carros, com medo das canas. Amiguinhos, aquilo só visto.

Estava na hora do pontapé. Mr. Ron, que por esta altura tinha uma tira de plástico a fazer de cinto (que se partiu, em resultado de uma queda semi-aparatosa), foi rei e senhor da pista de dança, deixando incrédulos os nativos, executando com mestria e imperturbável, o seu excelente “The boxers move”, que consiste num difícil movimento de dança, tipo dança do ventre, mas com as calças pelos tornozelos! Nada de tentar isto em casa, garanto que é só para profissionais!

Quando o HR (companheiro do Blogue de Sanita e mentor do Moleskine) ordenou “ Medieval up your ass!”, as tropas reagiram de imediato! Sabíamos que estava na hora marcada, e lá fomos nós, para a disco, ver as modas daquelas bandas (isto apenas com metade da comitiva, os mariquinhas bazaram pela 1h!). Chegados á Medieval, o ambiente era delirante. Tínhamos á disposição uma linda máquina de bola com bola (na qual Ron mostrou quem mandava ali!), martelada da melhor/pior (agora escolha), uma quantidade de cromos (destaque para o velho do barrete) e o bar do decote…hrrr, perdão, eu quis dizer caipirinhas.

Entre umas e outras bebidas, os mais afoitos, decidiram enrolar umas dentro da disco. So far so good. Mas quando as decidiram fumar no meio da pista, eu fiquei a achar que somos mesmo fortes! Um rapaz perguntou ao HR “pode-se fumar aqui?”, ao que o meu companheiro respondeu “eu não sou o dono, mas até agora ninguém nos disse nada!”. Então, como estava tudo a correr bem demais, o Fora-da-Lei decidiu perder ao cartão, e foi o que se esperava. O Guitarras (que naquela altura já era contrabaixo) a dar a tanga ao porteiro, o Fora já soprava, e nós ali ficamos, a ver no que dava. Mas como, quem tem Rosso tem tudo, a situação ficou resolvida! Pois é, enquanto ia em furiosa perseguição de uma moçoila, o homem achou um cartão! Tudo resolvido, baza para casa? Mentira, ainda faltava ver o Guitarras a expelir aquilo que apelidou de "negatividade, de modo a começar bem o ano!".

Home sweet home, fazer a buchinha para acamar a coisa, mais um par de ganzas (como se ainda fossem necessários mais aditivos!), e por fim, para fechar em grande, na cama ao lado da minha, o Fora da Lei, dentro do seu pijaminha verde, remata a noite com "Sou mesmo forte".

E pronto, assim chegamos ao final desta saga. Espero que tenha sido de vosso agrado, que se tenham divertido tanto a ler como eu me diverti a relembrar os eventos que relatei. Alerto novamente para a possibilidade de faltar por aqui alguma coisa, pois não sou omnipresente, e a minha condição ñunca foi a mais saudável, no decorrer desta epopeia!

Bom fds, cheio de Minis!



quinta-feira, janeiro 06, 2005

The day after!

Sábado, 01 de Janeiro, do ano do senhor (seja ele qual for! Rimou, olé!) 2005.

Algures na costa vicentina, após uma noite de intensa folia, o despertar foi vagaroso. Ao acordar, lembrei-me da ultima frase do mentor do Cantinho das Sopas. Imaginem vocês, meus amores, o seguinte: um rapazola totalmente estragado, com os olhos em 16:9, vestido num pijama verde justo (igual aqueles que usavamos em plenos 80´s), quase a cair para o lado, que me diz o seguinte- " Sou mesmo forte!" A reacção foi uma risada daqueles dementes! Logo, a palavra passou, e a frase pegou entre os presentes (rimei outra vez!).

A malta que estava em melhores condições, cedo se apressou a subir a âncora, e tratou de ir arranjar sítio para almoçar, pois, como devem calcular (e nós - a força especial de elite- também deviamos, tendo em conta a experiência da noite anterior), naquela terriola estava tudo fechado. Quando me dignei a tirar o cu da cama, a rapaziada já andava na gandaia, já tava tudo a dar início ao andamento, ou seja, estavam a tentar apanhar a da noite anterior, mas após longo esforço, lá nos conseguimos mexer, em busca de conforto para a barriga, mas sem ser em estado líquido.

Mas tava tudo fechado. Supermecados, cafés, restaurantes, enfim... essas merdas! Quer dizer, tudo não, a Comidaria Acepipe estava aberta, e foi, sem sombra de dúvida, a nossa salvação! O senhor da Guitarra tava com o saldo a zero, e a paragem seguinte foi no vomitador de notas, inimigo número um de qualquer pessoa em estado gasoso. O carro parou, e durante a espera, tentei desconversar com o Mais forte. Palavra puxa palavra, e quando lhe pergunto algo do tipo"És mesmo o mais forte, não és?", a resposta, pronta e na ponta da língua, ficou como um dos mais emblemáticos e marcantes acontecimentos desta saga - "O mais forte não, eu sou O Fora-da-Lei!" Conclusão: Fora-da-Lei -2; Tropa de Elite -0.

De volta a casa, recomeço de combate, nos termos mencionados nos post anteriores, sobre o mesmo assunto. O senhor Rosso, tanto lhe deu no 1920 e no Martini, que acabou por herdar mais um nick (esta foi mesmo cool, hum?), o de Rosso, pois, enquanto eu atacava furiosamente o esfregão palha-de-aço do Guitarras (ele diz que é cabelo...), de modo a dar-lhe um arzito decente, o Rosso tratou de maltratar o conteudo das ditas garrafas.

Jantar de batalhão, e preparação para mais uma noite. Fomos ao pontapé para beber qualquer coisa para alegrar os espíritos e debater os eventos da noite anterior, mas o Rosso estava irrequieto. Quem o descobriu foi o Fora-da-Lei, na ponte adjacente ao bar, com ar de quem estava a ser torturado, prontinho para largar lastro. "O barco está quase a ir ao fundo, mas não vai ao fundo, porque vou deitar a carga ao mar..." E após ter proferido estas sábias palavras, deitou mesmo!

Se não me falha a memória, daqui fomos para a disco local (não a Blue Sky, esta é outra...), onde o som tinha melhorado considerávelmente desde a noite anterior (até deu The Clash- 2x!), mas o decote das caipirinhas já não existia! Fomos ficando, ficando, até ao finalzinho, como é nosso apanágio, hábitos adquiridos nas idas ao Ouriço. Das personagens da disco, apenas lamento não ter fotos, pois não existem palavras que descrevam tamanhos cromos! Aquilo é lindo!

Chegada a casa, touca geral, e o banzé foi tanto, que um dos companheiros já adormecidos, veio apelar ao nosso bom senso e, principalmente, a que o barulho fosse reduzido para níveis aceitáveis para quem já repousa. A comida já era pouca, mas havia o creme de espargos! Aquela hora, com aquela cabeça, foi um manjar dos deuses. De seguida, retirei-me para os meus reais aposentos, de modo a descansar qualquer coisa, pois estava, literalmente, a cair.

Vamos assim deixar o best for last, a noite que nos levou a palmilhar terreno.
Amanhã, não perca, o capítulo final da saga das bestas amestradas!

quarta-feira, janeiro 05, 2005

O regresso

Amiguinhos, decidi que vou relatar o resto do fim de ano á Tarantino, ou seja, para vos tentar confundir, eu (que ando muitas vezes nesse estado), vou passar da ida para o regresso, vou fazer isto porque dá um ar pseudo-intelectual e cool.

Desperto no Domingo dia 2, com o som de malas a serem arrastadas e alto reboliço dentro do quartel. Nada de grave, foram os primeiros desistentes a evacuar (no bom sentido, tá?) para suas casas, receosos de apanharem aquele virus grave de Domingo- o engarrafamento! Virei-me e dormi mais umas boas duas horas, quando então, a super-patrulha-de-elite começou a dar a alvorada, eram 2 da tarde.

A primeira preocupação foi, tal qual criminosos profissionais, ocultar as provas do crime, ou seja, meter tudo o que se podia em sacos do lixo, a louça ao monte no lava-louça, e, o que ainda era consumível, foi embalado cuidadosamente num saco plástico e atirado para a mala do R19 (a.k.a. carro de assalto urbano). Nos despojos aproveitados conseguimos encontrar peças valiosas, verdadeiras relíquias, como o garrafão de água (que só neste dia foi inaugurado), uma garrafa a meio de 1920, uma de Bacardi e outra de Martini quase cheias, uma embalagem de Fairy semi-nova, e a garrafa de Bombay, que ainda estou para descobrir quem foi a esta que se abifou á minha linda garrafa azul, que ainda ia a meio! Ah, acho que sobrou Nestum, mas ninguém pegou nisso...

Cuidadosamente, fomos entreguar a chave a casa da respectiva proprietária, para ela não ver o estado da casa enquanto estivessemos por ali, e ala que se faz tarde.
Paragem para almoço as 16h, na mítica Zambujeira, onde, enquanto a malta se enchia que nem alarves (mais ou menos, o saldo financeiro já não era famoso...), podemos aproveitar a magnífica paisagem do local. Elas estavam simplesmente divinais, ou então tudo aquilo foi resultado de viver entre mangueiras durante 4 dias. Aceito sugestões sobre este tema, mas nada de abusar!

Estrada novamente, aqui o je a co-piloto. Todos entregaram a sorte do seu regresso á minha pessoa, para um seguro e rápido regresso ao lar. E assim, seguindo as minhas maravilhosas indicações, e o meu fabuloso sentido de orientação, conseguimos chegar ao faról do Cabo Sardão, onde chegamos a brilhante conclusão de que não era por ali...

Lá nos orientamos, e demos com a fila de carros que regressava a Lisboa, onde me apercebi que os tugas são realmente doidos a conduzir, que gente tão apressada! Este facto levou á melhor frase do dia, dita por um dos companheiros de viagem, e que, pensando bem nela, faz todo o sentido: "Para quem anda na estrada nestes dias, devia ser obrigatório fumar ganzas! Já viram como esta gente conduz?!?" Acho que não preciso acrescentar nada...

Blá blá blá, chegada a Lisboa pelas 8 e tal, paragem em Santa Apolónia para largar o Guitarras, e aqui o ultimo momento triunfal desta epopeia - o homem saiu do carro, com aquele aspecto de guerreiro vindo da batalha mais feroz do mundo, mas saiu de sorriso rasgado e de garrafa de Whiskey na mão (a mesma que o acompanhou durante todos os dias, acho que ficaram amigos, e não se abandonam os amigos, não é?)! Meus amigos, não é fácil, isto não é para amadores, ok?

Amanhã volto com novo relato, só não sei se será se 6a ou de Sabado, mas isso agora...

terça-feira, janeiro 04, 2005

Agora já não há

É pra informar a populaça gorda e nojenta (palavras do José Cid, tenho testemunhas credíveis!), e vocês, meus amorosos leitores, que hoje não há post. Tenho dito...

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Sobrevivi !!!

Olá outra vez, estamos de volta, para entrar em altas em 2005! E que entrada esta...
Tudo apontava para uma festa de arromba, e sabem que mais? Foi uma festa de arromba!!!

A ida para a costa vicentina, que á partida já era, só por si, uma aposta ganha, acabou por ser um fim de ano que vai figurar no meu top durante muitos anos. As tropas dividiram-se em 3 apartamentos, cada quartel com funções distintas, cada esquadrão com a lição bem estudada! Mas já lá vamos.

Vou interromper o relato dos acontecimentos (que serão divididos em vários post, porque estas mini-férias foram abundantes de acontecimentos) para anunciar aos queridos leitores que esta simples passagem de ano acabou também por ser uma convenção de bloggers, visto que tivemos umas quantas participações (e todas de alto nível, modestia á parte!). Então vejamos: Eu (Superminizinha, boa? Duh...) e o Cheech a representar o Mini Sagres, O Mais Forte (agora conhecido como Fora da Lei) em representação do Cantinho das Sopas, pelo Tzara apareceu o Lazarus e até o Comandante saiu da Arrábida Saudita para ir fazer uma perninha, do recentíssimo Blogue de Sanita apareceu o WC Quack, e até tivemos direito a uma estrela, é verdade. Senhores e senhoras (é ao contrário que se diz? Caga...), a representar a Biqueirada e a Querida Guitarra, o Sr. Guitarrista Famoso fez kms em jeito de solo (literalmente!) para se juntar a nós!

A viagem, dia 30 pela fresca (já agora, podem dar-me os PARABÈNS, tá? Mesmo atrasados -os parabéns, não vocês-, eu aceito!), fez-se em bom ritmo, e a chegada foi antes do anoitecer, como estava previsto (nem de todos...). Largar malas, blá blá blá, e começam a ser fabricados os primeiros Gin Tonic da tarde. Fumar esta e aquela, mais uma cerveja, pôr do sol fabuloso, e pronto, horas de jantar. Jantarada ao pontapé, e eis que chega a estrela, que não quis viajar com a plebe (por motivos artísticos), a fazer uma grande entrada no dito restaurante, digna do estatuto de Rock Star que tem! O caso pareceu mal parado, quando soubemos que o bar e a discoteca locais estavam fechados, mas como não somos gajos de desistir, fizemos pela vida!

Seguiu-se uma ida ao Piranha, bar manholas (volta bar da lua, estás perdoado!), mas esse pequeno factor quase nos passou ao lado, pois estava tudo em altas. Após isto, deram-se as primeiras baixas. Contando apenas com uma tropa de elite, há muito treinada nestas andanças, a malta foi desbravar território. Demos com o Stop, que parecia a festa da mangueira, mas que pelo menos tinha pinball, snooker e cerveja barata. A malta foi ficando por ali e bebendo mais umas, quando surgiu nova situação alarmante! E agora vamos para onde? Como as tropas de elite são sempre as mais fortes, e nunca, mas mesmo nunca, desistem, pegámos no que sobrava dos nossos já maltratados corpos, e fomos dsbravar terreno outra vez!

Passaram alguns minutos e demos com mais agitação numa terriola perto dali. Chegados ao Blue Sky (não, ninguém meteu ácidos,ok?),que é, provavelmente, a pior discoteca do mundo e arrabaldes, esta força de elite ficou pasma com o local e com os seus nativos (com o fumo então...). Nunca tinha entrado numa disco com metade do tamanho do meu quarto, que tinha como acesso a sala de um restaurante já fechado. Pavoroso. Gente até mais não, umas matrafonas a dançar em cima de mesas, uma máquina de fumo que já não se usa e um som pavoroso, do pior mesmo (as saudades que eu tive do meu Beto...) Graças ao senhor, não me lembro de quanto tempo tive enfiado naquele pardieiro, mas, por algum motivo, que me é ainda mais estranho, ri-me muito com tudo aquilo! Mais me ri quando saímos da bendita disco, ao deslocar-me até uma padaria com um dos companheiros, na esperança de que, como na minha terra se faz, o padeiro de serviço tivesse a amabilidade de nos vender um pãozinho, para fazer uma buchinha antes de adormecer. Batemos numa porta com luz, e esta foi apagada de imediato, e nós fomos bater na do lado, também iluminada. Do interior veio a resposta "Agora já não há!", Ficamos com aquela cara tipo "Foda-se, o que é que foi isto?". Vá-se lá saber...

Chegada a casa e ainda deu risota. Uns sempre a fabricar, outros a beber scotch por um lindo pucaro de alumínio, sái mais um ginzito e a noite foi quase acabar num jogo de xadrez (as peças estiveram quase no tabuleiro...). Devem-me estar a falhar imensas touradas desta primeira noite de combate, mas aqui vos deixo o que a memória me permite.

Resta-me acrescentar que o vencedor desta primeira noite de combates foi, com todo o mérito, o Guitarrista Famoso. Espero, muito em breve, juntar a reportagem fotográfica desta jornada, para que melhor entendam o estado caótico, mas lindíssimo, destas longas férias! Hasta.

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