sexta-feira, setembro 30, 2005

Badge of Pride

All the bullshit that I see, so much I can't believe
grown man just tryin' to be true to myself impossibly
I may not ever get rich, might wind up diggin' a ditch
I won't cry no I won't bitch, I wont back down and I'll never quit!!!

It is my badge of pride -hardcore 'til the day I die
just tryin' to survive, I won't back down or apologize
Say what you wanna say, I'm not listening anyway
I'll believe what I wanna believe, true to myself - that's how it's gotta be!!!

All the methods that I use, all the things I use and abuse
it all leaves me confused, I've beer torn up, beat down and bruised
but somehow I was saved and I'm standing here today
Now I do things my own way cause I'm never going back again

It is my badge of pride - hardcore ´til the day i die!
just tryin´to survive, i won´t back down or apologize
Say what you wanna say, i´m not listening anyway
i´ll belive what i wanna belive, true to myself - that´s how it´s gotta be!!!

Bom fds!

quinta-feira, setembro 29, 2005

Mini Momentos - Bombay, the hard way

Isto contado ninguém acredita. Podia estar a falar acerca de um qualquer país na América Latina, de uma cidade no coração de África ou de um qualquer local nos confins da Ásia, mas não é esse o caso. Podia até ser acerca de uma qualquer vila em Trás-os-Montes ou de uma aldeia alentejana, ou mesmo uma qualquer povoação portuguesa, situada em local menos desenvolvido, mas também não é isso. Nada disso mesmo!

O motivo da minha indignação deve-se a ontem ter andado 2 horas ás voltas, a procurar em hipermercados, supermercados e lojas de bebidas para encontrar uma mísera garrafita de Bombay e nada. Nicles. Zero. Niente. Vi todas as outras marcas manhosas de Gin, mas Bombay que é bom (e recomenda-se!) tá quieto, nem a sombra! O caricato de toda esta situação é que todo este episódio teve lugar na cidade que serve de capital ao país (Lisboa, para os menos atentos). Como é que isto é possível, alguém me explica?

Aqui na chamada província, onde resido, em qualquer mercearia consigo encontrar Bombay, nos supermercados mais facilmente encontro, mas na maior cidade do país (casa daqueles que nos chamam provincianos e/ou saloios), mesmo após 2 horas de busca, não consegui encontrar nem uma garrafa para contar a história. Eu sei que é triste. É triste mas é verdade. Isto só comprova que, e por mais que me digam o contrário… não há vida como a do campo!

quarta-feira, setembro 28, 2005

Não é um pedido de desculpas...



... mas sim um esclarecimento. Quando tentamos passar ideias através da escrita, corremos sempre o risco de sermos mal interpretados. E quando escrevi o post DisAster, tentei descrever em pormenor os artistas que executam o chamado Emo, mas de um modo generalizado, não estava a falar especificamente sobre ninguém. Não que precise, ou que sinta necessidade, de me desculpar, mas aqui fica (em desenho) o que tentei descrever, pois não gosto de ser mal interpretado. Sem mais assunto de momento...

terça-feira, setembro 27, 2005

O Regresso da Brigada do Reumático

Tenho a firme convicção de que a (boa) música é completamente intemporal, como qualquer outra obra de arte. Mas se a obra é, os artistas não. Creio que as pessoas devem ter a noção de que tudo tem o seu tempo, e que, após um determinado número de anos, chega a hora de pendurar as chuteiras e dar espaço ao sangue novo que vai surgindo. Até porque, salvo raríssimas excepções, a quase totalidade dos músicos com mais de 20/25 anos de carreira não cria nada de novo, e, pior que isso, limita-se a fazer más fotocópias do que tinha feito anteriormente.

Tudo isto a propósito das recentes edições de dois cds, um dos Rolling $tones e o outro do elemento mais irritante de todos os Beatles (se é que é possível escolher um…), o Paulo. Segundo dizem os iluminados (a.k.a. críticos musicais) cá do burgo, estes dois discos são do melhorzinho que os ditos artistas fizeram nos últimos 10/15 anos. Não os ouvi (nem penso faze-lo) mas não acredito. Sinceramente, não acredito em nada disto, pois daqui a uns 4 anos, quando estes velhos gagás editarem o próximo cd, a imprensa especializada vai voltar a dizer a mesma merda, assim como o fez com os antecessores destes trabalhos. Já não sei quem é que me dá mais sono…

Não gosto particularmente de Beatles nem de $tones (para ser sincero, somando todas as músicas que me agradam minimamente, não sei se chegariam para fazer um cd com 12 faixas de cada uma dessas bandas), mas reconheço que, pelos motivos globalmente conhecidos, eles têm muito mérito. Mas lá por terem mérito naquilo que fizeram e um passado brilhante (e influenciaram, muito provavelmente, 80% das bandas que me agradam), isso não lhes confere o estatuto de eternos. E, sinceramente, eles já enjoam, já estão fora de prazo faz muito tempo!

Mas a culpa desta farsa não é só deles. A culpa é dos tubarões das editoras, que preferem promover velhas galinhas de ovos de ouro do que apostar em novos valores. A culpa é dos otários da minha idade, que compram os discos a preços exorbitantes para completar as colecções iniciadas pelos papás. A culpa é de todos aqueles que esgotam os concertos destes gajos, e não vão lá para ouvir as músicas novas mas sim os êxitos do passado. Por sua vez, os dinossauros, como dinheiro nunca é demasiado, vão aproveitando enquanto a fonte não seca e vão fazendo render o peixe. E a continuação desta espécie de parasitas já está assegurada, pois, ao que tudo indica, os U2 estão a aprender a lição muito bem, estão quase lá!

Os danos causados por estes bichos velhos são demasiados. Além de serem um atentado ao bom gosto e á inovação (pois, eu sei que os 60´s foram fixes e que o Rock n´Roll é boa onda, mas já passaram 40 anos, tá mais que na hora de passar á próxima etapa, boa?), o orçamento de toda a produção destas novas edições, bem aplicado, seria suficiente para que umas 30 bandas pequenas gravassem os respectivos cds com condições excelentes. Um concerto destes animais, além de, naquele dia, roubar público a dezenas de concertos de bandas em crescimento, faz ainda com que os presentes nesse evento não tenham dinheiro para gastar em outros concertos, pois a 50€ (pra mais, óbvio) o bilhete, não há bolso que aguente. E ainda temos os cd. Para quê comprar discos destes gajos? Saquem da net, gravem dos amigos, mas para quê dar mais dinheiro a quem já não precisa dele?

Está mais do que na hora de alguém meter travão nisto, mas enquanto forem as majors a ditar as regras que controlam o mercado, enquanto as MTV´s contagiarem a juventude, impondo o que é e não é cool, enquanto as pessoas pagarem balúrdios para um dia de Rock in Rio (isto apenas para dar um exemplo) e não perceberem que estão a ser roubadas quando dão 18€ por um cd, nada vai mudar. O rebanho está de parabéns, pois continua obediente e sem levantar ondas. Continuem assim, é isso que eles querem

sexta-feira, setembro 23, 2005

Mini Momentos - Ao critério de cada um...

Well it's like they say:

If you're not a rebel at the age of twenty, You got no heart.
But if you haven't turned establishment by thirty, You got no brains.
Because there are no storybook romances, no fairy tale endings...
so before you run out to change the world, Ask yourself:

What do you really want???

Mr Cheech - fico a dever-te uma! Bom Fds!

quarta-feira, setembro 21, 2005

Serviço Público



Está na hora de acordar as tropas para os concertos pós-Verão.

Senhoras e senhores, a abrir a temporada 2005/2006 temos a Feromona, que se apresenta ao vivo e a cores no próximo Sábado, em Aljustrel (no Sindicato dos Mineiros de Aljustrel, para ser mais exacto). Este concerto do trio lisboeta está inserido na edição deste ano das Jornadas da Juventude de Aljustrel, e terá início pelas 17h, mais coisa menos coisa. Quem quiser saber o possível alinhamento deste concerto, só tem que carregar aqui. E para aqueles que gostam de saber mesmo tudo, aqui podem encontrar tudo sobre a Feromona!

segunda-feira, setembro 19, 2005

Pior seria impossível

Já todos tínhamos, ou devíamos ter, conhecimento de que existem as tristes manifestações de otários de cabeça rapada a celebrar o 10 de Junho, dia de Portugal ( ou dia da Raça, como também era denominado o 10 de Junho nos dias do regime fascista pré-25 de Abril de 1974). É estúpido e está errado, mas (infelizmente) ainda não se pode prender ninguém por imbecilidade. E isto é tolerado como se nada fosse, ou como se fosse uma manifestação de gente racional a festejar algo normal.

Mas a última manifestação dos anormaizinhos que dizem “sou branco (e bronco), logo sou melhor que o resto do planeta” passou das marcas. Eu nem percebi bem se a manifestação era anti-gay ou se era apenas contra o programa do canal 3 “Esquadrão G”, mas seja lá como for, a idiotice tem limites. Então agora, num país democrático, tão democrático que deixa anormais destes expressarem-se livremente e na via pública, não se pode ser gay, é? Ou não podem haver na TV programas com gays?

Mas o que é isto? Mas quem é esta gente para se manifestar deste modo e contra o que quer que seja? Quem é que lhes deu autoridade moral para porem em causa o que as outras pessoas podem ou não ser? De certeza que existem pedras da calçada com mais neurónios do que qualquer um dos participantes na tal manifestação, e de certeza, absoluta mesmo, que qualquer gay neste país tem mais neurónios sozinho do que a reunião de todos aqueles que se encontravam na tal manifestação.

Como é possível que neste país as autoridades sejam tão rígidas com umas coisas e tão permissivas com outras? Quer dizer, os militares não se podem manifestar, mas os anormais irracionais e preconceituosos podem? Como é Sampaio, só abres a pestana para dar medalhas aos U2? E tu Sócrates, tens medo que te conotem com alguma coisa se fizeres aquilo para que todos te pagamos, ou seja, para seres Primeiro-Ministro?

Acho que já chega Portugal, chega de tolerar os intolerantes!

quinta-feira, setembro 15, 2005

Acabou o Verão

Acabou o Verão, ou quase. Este foi estupidamente mais curto do que todos os outros. E no entanto, tão mais quente e complexo. Nas férias já ninguém descansa, e o divertimento é uma obrigação. Acabaram as noites no bar e os dias no mar. Troca-se uma rotina por outra. Muda a hora, muda o tempo. E para quê tudo isto?

Para passar mais um ano á espera de quê? Para desperdiçar todo o tempo livre, conquistado a pulso através de horas de trabalho, do mesmo modo que nos anos anteriores, a fazer as mesmas coisas, por mais que se mude o cenário? Em alguns casos deve resultar, para quem se satisfaz com a pequenez dos próprios hábitos, enraizados há anos. A mudança é sempre saudável, tal como a aprendizagem e o conhecimento. Recusar novidades e tentar contrariar o envelhecimento natural é negar a evolução e a aprendizagem.

De que nos serve o verão, de que nos servem as férias, se os transformamos em rotina, seja ela qual for? Para quê ter tempo livre, para quê conhecer novas pessoas e novos locais, se desperdiçamos tudo isso em tristes repetições de anos anteriores? Estou rodeado por apatia e estagnação, e por seres que quanto mais envelhecem menos vontade têm de aprender, de mudar. Infelizmente, o homem é um animal de hábitos. Preferia não ter noção de tudo o que me rodeia, tenho a certeza que seria bem mais feliz…

Bom Fds (?)

segunda-feira, setembro 12, 2005

Mini Momentos - Ele há coisas...

Devido a um qualquer infortúnio, desígnio do destino ou algo do género, dei por mim, logo de manhã, a cantarolar uma treta dos Offspring, “Pretty Fly (for a white guy)” para ser mais exacto – para quem não está a ver qual é a música, eu relembro que é aquela que de bom… só tem mesmo as bailarinas que participam no vídeo! Eu sei, é uma péssima maneira de começar uma semana. É que podia ter sido uma musiqueta do Tony Carreira ou do mítico José Cid, mas não, foi mesmo dos Offspring.

Ficaria caladinho, guardando para mim este embaraço musical 0matinal, suportando o peso da minha própria vergonha, por me ter lembrado de tremendo disparate em forma de canção, não fosse existir na dita cançoneta uma linha da letra que me chamou a atenção. Toda a letra é acerca de um personagem que pretende ser cool á força, naquela vertente tão em voga nos dias que correm – a dos putos brancos que querem ser putos negros, e que para tal passa por diversas situações. Na altura em que esse personagem vai comprar uns discos ouve-se “(…) they didn’t have Ice Cube, so he bought Vanilla Ice(…)”. E é aqui que se ultrapassa o limite do ridículo! Desculpem lá, mas é preciso ter descaramento.

Como é que como os Offspring podem ter a distinta lata de gozar com alguém (sem ser com eles mesmos), podem explicar-me? Como é que uma banda que se transformou numa caricatura de si própria, que representa todos os clichés possíveis e imaginários, uns gajos totalmente vendidos, que baixaram por completo as calcinhas e ofereceram o rabinho á industria discográfica podem dizer o que quer que seja acerca de alguma outra banda? É que até os Take That têm mais integridade que os Offspring!

Imaginem que, num destes dias, o panorama musical universal dá nova volta ou então que temos acesso a uma realidade alternativa, onde tudo se passa ao contrario. Conseguem imaginar o Eminem ou o DMX (desculpem não dar exemplos mais credíveis, mas os meus conhecimentos de Hip Hop estão ao nível dos meus conhecimentos de caça ao javali…) já gastos e acabados, com uma falta de ideias e de qualidade a saltar á vista de todos, e com o desejo de fazer mais uns cobres, a escreverem uma letra a gozar com os putos negros que querem ser brancos á força? Se isso fosse mesmo acontecer, aposto que na parte referente á compra dos discos, íamos conseguir ouvir “(…) They didn’t have Bad Religion, so he bought Offspring(…)”, ou algo de muito similar, garanto. É que ele há mesmo certas pessoas que não têm mesmo olhinhos na cara…

sexta-feira, setembro 09, 2005

Fuck Da Police

09/09/05, Campo Grande, 8 e tal da manhã

A caminho do bus ( e do trabalho ), ia a pensar com os meus botões em como será a exibição do meu Glorioso amanhã, quando vejo, uns metros á frente, 3 agentes da austeridade a falar com um indivíduo que tinha um saco preto ( do lixo ) na mão. A princípio, julguei que os palhaços estavam a chatear alguém que teria estado a tentar vender umas tralhas para fazer mais uns trocos. Pensei "é mais fácil chatear estes do que ir prender criminosos, mas enfim...".

Mas quando cheguei perto da dita cena, a coisa não era bem assim. O senhor que estava a ser molestado pelos porcos era um sem abrigo, que apenas se tinha sentado á frente da porta de um edifício ( que alberga umas empresas e uma escola de inglês) para se abrigar da chuva que ia caíndo. Na porta desse edifício, estavam três seguranças de uma empresa privada ( suponho que seriam chibos que se queixaram daquele perigoso delinquente ) a delirar de felicidade com a situação, enquanto os 3 merdas empurravam o pobre homem, primeiro contra, e depois para dentro do carro-patrulha.

São situações que, infelizmente, já não surpreendem ninguém. Esses filhos da puta querem regalias especiais para isto? Para chatear quem não faz mal a ninguém? E que tal trabalhar, que é tão bom? O dito já é antigo - " A polícia protege-nos, mas quem nos protege da polícia?"

Bom Fds, e amanhã á noite carreguem nas Minis, seja pra celebrar ou pra esquecer ( se forem neutros podem beber na mesma! )!

terça-feira, setembro 06, 2005

Mini Momentos - Boas Notícias


Turma, desta vez trago boas notícias! Para alguns de nós, os mais crentes e devotos ao espírito natalício, o natal este ano chega no dia 1 de Novembro. Não, não se trata de uma tentativa de modernização por parte dos senhores sediados no Vaticano, mas sim do lançamento do novíssimo cd dos Lagwagon, o oitavo (ou nono, se contabilizarmos o Live in a Dive), que dá pelo nome de Resolve ( segundo os senhores da Fat Wreck Chords, e assim será, a não ser que Joey Cape e companhia decidam alterar o dito). Aqui fica, em primeira mão (espero eu!), a capa e respectivo alinhamento das músicas.

Lagwagon - Resolve


01 - Heartbreaking Music
02 - Automatic
03 - Resolve
04 - Virus
05 - Runs In The Family
06 - The Contortionist
07 - Sad Astronaut
08 - Rager
09 - The Worst
10 - Creepy
11 - Infectious
12 - Days Of New

sexta-feira, setembro 02, 2005

DisAster

Para o primo Ron, que sugeriu ( e muito bem ) o tema para este post.


Este blog é um espaço criado por dois amigos, onde deixam as suas opiniões acerca de diversos assuntos, para que outros ( amigos e não só ) possam ler e contra-opinar sobre essas mesmas. Depois de um Agosto enferrujado, está na hora de meter mãos-á-obra e voltar á carga. Sabemos que os textos apresentados podem não agradar a todos, mas não queremos ser, nem somos, senhores da razão. Respeitamos a individualidade e liberdade de expressão de todos, começando pelo nosso direito de falar sobre tudo livremente… se alguém se sentir lesado ou ofendido com o que ler aqui, tem duas hipóteses – ou deixa comentário ou pode ir á merda.

Confesso que se houve banda que me “despertou a sério” para a música (e me fez pegar na guitarra ) foram os Guns n´Roses, que não são, definitivamente, o melhor exemplo a ter em conta para o que vou escrever daqui em diante, bem pelo contrário. Mas as pessoas mudam, evoluem. E se é um facto que os G n´R representavam o expoente máximo do Glam e do ser Rock Star, também é um facto que existia música para fundamentar tudo aquilo – ou seja, não era só fachada. Não sei se terei uma costela de Ian Mckaye ou de Fat Mike, mas nos últimos 5/6 anos, tudo o que ultrapassa a “música pela música”, para mim, deixou de fazer sentido – não sou fundamentalista ao ponto de ser anti venda de merchandise, não fazer vídeos, criticar todas as bandas das majors ou os concertos em grandes espaços, não vou assim tão longe. Mas quando as bandas se tentam promover pela aparência e por factores extra música, faz-me uma certa confusão – e isto leva-me aos Disaster ( deveria dizer The Aster, era? Não estou a dizer nada de incoerente, mas de qualquer modo, tanto me faz… )

Para mim, o Emo está para o Punk Rock como o Glam está para o Heavy Metal. Aliás, é mentira, nem isso é, não chega a tanto. O Emo não tem nada a ver com Punk Rock, como aqui irei provar. É certo que podem existir algumas coisas que são similares, no que diz respeito a sequências e progressão de acordes, duração das músicas e outros pequenos detalhes (mas…então e o Pop? e o Rock? Não vai tudo dar ao mesmo?), mas numa análise mais atenta, qualquer pessoa se apercebe que as possíveis semelhanças não passam de tristes coincidências, e que o Emo será mesmo o exemplo perfeito da antítese do Punk Rock e de tudo o que esse espírito, tudo o que essa designação engloba.

Deixando então os metaleiros de parte, que isso são contas de outro rosário, vamos focar-nos no que me traz hoje aqui - as bandas de Emo, mais precisamente os The Aster, banda cujos elementos conheço pessoalmente, e que, não tendo nada contra eles enquanto pessoas ( nunca me fizeram mal algum ), tenho tudo contra aquilo que a banda em si representa, ou quer representar. Quer dizer, sem querer pegar já no facto de todas essas bandas soarem ao mesmo, os seus elementos parecem todos provenientes do mesmo molde, são todos iguais! O cabelo a cair para os olhos ( com aquele aspecto de ter sido lambido por uma vaca ), o(s) brinco(s) á indígena ( que também serve para colocar o cigarro numa emergência ), a t-shirt justa com uns dizeres cool, a calça bonita com a dobra pra fora e uns Converse All Star ou uns Vans Old School a compor o figurino ( alguns têm a tatuagem estratégica, para dar o toque de classe ). Todos juntos formam um exército de meninos bonitos, com uma imagem cuidadosamente estudada e composta, para que haja uma maior e mais fácil aceitação por parte do público – e das miúdas, convém não esquecer ( e aqui, se estamos a falar de Punk Rock, já entrámos várias vezes em contra senso ).

Fora o aspecto e os instrumentos bonitinhos, a atitude também não é a melhor. O espírito underground de ajuda mútua entre bandas é algo que não conhecem, pois desde o facto de não emprestarem instrumentos ou amplificação a certas bandas até ao desistirem de concertos em cima da hora e deixarem a organização, outras bandas e público pendurados, eu já vi de tudo. Optam por um pseudo-elitismo e por uma pose de superioridade que não lhes fica particularmente bem. São meninos, são posers e, não o sendo, já têm atitude de Rock Star – sem qualquer motivo para tal pretensão, pois as provas dadas musicalmente ( que é o que interessa nestas coisas) são inexistentes – se alguém tiver dúvidas acerca disto, recomendo a ida a um concerto, ou oiçam as músicas na net, e depois falamos! O cuidado com o visual estende-se aos concertos, onde os saltos coordenados e a pose artística faz parte do evento ( não, não estou a falar de uma boys band ou dos DZR´T… ou estou? Agora fiquei baralhado…).

Se o Emo tem mesmo que ser englobado no Punk Rock, então está condenado a ser para sempre o parente pobre deste género musical. Nenhum dos princípios básicos e fundamentais do Punk Rock ( o ser contra o sistema, contra a ideia de estética, o DIY, etc. ) se encontra no Emo, baseado exactamente no oposto, desde as letras sentimentalonas ao aspecto premeditadamente “limpinho” dos seus executantes. Alguém se esqueceu de dizer aos Aster que Punk Rock não é uma moda, que nada nesse universo foi criado para engatar miúdas ou vender discos e t-shirts, que estar numa banda e ter uma aparência fabricada não é uma cena cool, bem pelo contrario. Mas pior será se nada disto foi planeado, se eles são naturalmente assim. Então o caso é seriamente grave e está para lá de qualquer ajuda, reflexão ou retiro espiritual.
Digo, e voltarei a repetir incessantemente, as vezes que forem necessárias - o movimento Punk Rock português é uma anedota desde o final dos míticos Censurados. Mata-Ratos, Tara Perdida e restante velha guarda apenas se arrastam e são uma sombra de outros tempos, os Easy Way e restante nova geração ainda procuram uma identidade própria, os pseudo-Hard Core Devil in Me e afins preferem apregoar que são uns tipos muito mauzões do que fazer boa música…e o expoente máximo da macacada nacional, os Fonzie, podem dormir descansados, pois a continuidade da merda que começaram, deste circo do faz-de-conta-que-somos-Punks, está assegurada enquanto todos os Dis-Aster de Portugal andarem por aí.

Um dos Soundgarden, não me lembro qual, assinava as suas músicas como “You make me sick, i make music” ou algo deste género. Não, não pensem que vim para aqui dizer que faço música –nada disso! Mas gosto muito de música, e quando vejo bandas a utilizar a música como camuflagem e como um meio para atingir uma série de outras coisas, fico… melindrado!

Bom Fds, Muitas Minis!

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