segunda-feira, maio 30, 2005

Mini Momentos - Piadinha Francesa ;-)

SAILING (Gavin Sutherland, 1972)

I am sailing,I am sailing,
home again 'cross the sea.
I am sailing, stormy waters,
to be near you, to be free.

I am flying, I am flying,
like a bird 'cross the sky.
I am flying,passing high clouds,
to be with you, to be free.

Can you hear me, can you hear
methro' the dark night, far away,
I am dying, forever trying,
to be with you, who can say.

Can you hear me, can you hear me,
thro' the dark night far away.
I am dying, forever trying,
to be with you, who can say.

We are sailing, we are sailing,
home again 'cross the sea.
We are sailing stormy waters,
to be near you, to be free.

Oh Lord, to be near you, to be free.
Oh Lord, to be near you, to be free,
Oh Lord.

quarta-feira, maio 25, 2005

Boas Ondas no Coliseu

Eu sei que por vezes vocês podem não ter essa ideia, mas nós aqui somos pessoas ocupadas. Visto precisar de todo o tempo do meu fds para dar atenção a uma certa miúda ( e por ter vendido o meu bilhete num bom negócio! ), não consegui estar presente no concerto de Jack Jonhson. Como o Cheech também não foi, é partida não haveria reportagem do concerto aqui no Sagres. Mas, como nós somos tipo Big Brother - tudo sabemos e tudo vemos - conseguimos infiltrar um dos nossos espiões na mais bonita sala de espectáculos de Lisboa, e assim, aqui fica a dita reportagem. O staff aqui do Mini Sagres agradece ao grande amigo HR pela mãozinha dada.

"Ao comprar bilhete para o concerto de Jack Johnson (quando também adquiri o ingresso para US3 no Santiago Alquimista) não me passou pela cabeça que a lotação iria esgotar mal o Diabo esfregasse um olho.

Assim foi, e apesar do ambiente de excitação generalizada (os factos de J.J. ser surfista – ex-profissional, inclusivamente – e afilhado musical de Ben Harper não serão alheios a este fenómeno de popularidade) a minha expectativa para a actuação manteve-se inalterada. A música de Jack Johnson tem qualidade, é boa onda, melodiosa como o marulhar – mas não chega a ser genial nem multifacetada como a do seu padrinho.
Com o estômago forrado por loiras, tremoços e pregos da sempre à mão Cervejaria Solmar, a mini-comitiva entrou na emblemática sala de concertos lisboeta quando passavam poucos minutos das 21, já tocava a banda liderada por Donovan Frankenreiter (outro surfista com provas dadas), numa primeira parte de surf-music que soltou e aqueceu a plateia para os ritmos que estavam reservados para breve.

Nota prévia: é sempre melhor que a plateia se revele entusiasta, puxando pelos artistas e participando no espectáculo, mas a sobredosagem de media hype terá atraído para este concerto um dos públicos mais conquistados à partida que recordo – tornando, assim, alheio ao músico havaiano (que não se leva tão a sério, como se viu pela recente entrevista concedida ao Blitz) o ponto menos positivo da noite.

Mas o que fica para a história é que no final da prestação eu sentia mais respeito pela arte musical de J.J. – principalmente devido ao arranjos com que fez respirar as suas composições e pelos subtis trechos de músicas alheias (por exemplo, “Natural Mystic”, do omnipresente Bob Marley, e o sempre tocante“I Would For You”, dos seminais Jane’s Addiction, cujo frontman, Perry Farrell, também é surfista) enxertados nas suas criações originais –, saindo bem disposto de um concerto agradável e descontraído, sem pirotecnias nem coelhos tirados da cartola, em que Jack Johnson fez da simplicidade e despojamento das suas canções os maiores trunfos.

HR"

PS - Malta, eu estou de malas aviadas e volto aqui 2a. É só para avisar que se o Cheech não tiver tempo, e se eu não encontrar onde fazer um post além-fronteiras, estes são já os votos de um bom fds!

segunda-feira, maio 23, 2005

E Agora? Quem nos pára?

Obrigado. Obrigado a todos, mas em especial a lagartos e a tripeiros, ao Olegário, aos senhores da Liga, aos outros clubes da Superliga, aos senhores da FPF, ao Pinto da Costa e respectiva galdéria, ao guarda Abel... Seria uma longa lista de agradecimentos, mas dá para ver onde quero chegar. Agradeço a todos, foi muito mais divertido e saboroso para nós, os fraquinhos, ganhar o campeonato assim!



E agora, porque já não vos oiço? Perdeu tudo o pio? Coitadinhos...

Como se ouvia ontem na Catedral...
"(...) Ninguém pára o Benfica, ninguém pára o BENFICA (...)"

Para o ano há mais.... HEHEHE

quinta-feira, maio 19, 2005

2º Assalto!!!

É verdade, eles estão de volta para o segundo assalto! Continuando a senda iniciada a 23 de Abril deste ano, os rapazes decidiram fazer uma nova investida, um novo ataque sonoro, que é como quem diz – eles vão presentear todos aqueles que queiram aparecer com uns largos minutos de Rock n´Roll, cheios de garra, ( tive pra dizer Sangue, Suor e Lágrimas, mas pareceu-me muito dramático…) servidos em pequenas doses individuais, não de extrema violência mas, de música, de modo a que os presentes possam saborear condignamente as descargas de energia que serão transmitidas.

Acompanhados desta vez pelos Rolls Rockers, estou, obviamente, a falar dos Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers, que voltam á carga já esta Sexta Feira, dia 20 de Maio, no bar Estação Maria Fumaça, em Casais de São Lourenço ( localidade situada a cerca de 4km a norte da Ericeira, seguindo pela estrada que liga a mais bonita vila do mundo a Torres Vedras ). O concerto começa pelas 22h e a admissão ao local tem o custo de 3 moedas de 1. Considerem-se todos convidados para o punk rock show!

Muitas Minis boys and girls, bom fds!



PS – Devido ao facto de serem cobradas entradas, vamos aqui deixar uma pequena nota, escrita por um dos Dancers, que achou por bem dar uma pequena explicação a quem esteja interessado. A opinião expressa é da responsabilidade do seu autor.

“A gerência do bar onde vamos tocar decidiu que seriam cobradas entradas para o nosso concerto de Sexta-feira, dia 20. Acerca dessa decisão fomos apenas informados, não fomos, sequer, consultados. É algo que não esteve, nem está, nas nossas mãos. Faço questão de que todos saibam que a banda ( penso que neste assunto posso falar pelos quatro ) é manifestamente contra a venda de ingressos para o concerto, não pelo valor da entrada em si, mas por uma questão de princípio. Não quero com isto parecer pseudo-alguma-coisa ou dar qualquer tipo de lição de moral ou de integridade, mas esta é a minha maneira de estar e de encarar estes assuntos. Espero que o facto de serem cobradas as ditas entradas não seja motivo para falta de comparência de ninguém, contamos com todos!

Rodrigo"

quarta-feira, maio 18, 2005

Deconstruction Tour 2005

Após o derby de Sábado, e respectivas comemorações de alguns pela noite dentro, a pandilha rumou á capital em velocidade de cruzeiro. Estava um Domingo solarengo, e pouco dado a grandes andamentos – para isso já íamos ter o resto da tarde e a noite, pois o serão ia ser de Rock n´Roll, e só por si prometia velocidade. Apesar do cartaz ser o mais fraco de todos os Deconstruction que por cá já passaram, a expectativa era alguma, pois o festival itenerante já não nos visitava desde 2002 – e porque os Strung Out estavam no cartaz! Foi também a mais reduzida delegação enviada pela turma a um evento deste tipo – eu, o Cheech, HR e o Edu Rosso, que nos juntámos no local ao Edson, Mr. Jackson e ao Bush, Jorge. Foi também o primeiro Deconstruction em que o THC não disse “presente” – em parte por culpa minha, bem sei! - o que nos deu uma perspectiva bastante diferente sobre os vários acontecimentos do evento – fomos uns bravos , autênticos escuteiros, quase quase Straight Edge, fora uma cervejita ou outra!

Já passava das 17.30h quando entrámos no pavilhão Acácio Rosa ( pavilhão do Restelo ), que tinha um terço do pessoal que ali esteve há dois anos para ver Fat Mike e sus muchachos, e já os lusos Aside estavam a terminar o set, mas ainda deu pra ouvir umas duas ou três músicas. Confesso que fiquei surpreendido pela positiva, visto que o quadro que me tinham pintado acerca dos Aside era bastante negro. Não ouvi o suficiente para construir uma opinião fundamentada sobre a banda, mas não me pareceram tão maus como me tinham dito. E como faltaram três das bandas do cartaz ( prática comum na versão portuguesa do Deconstruction, se bem me lembro, em nenhuma das 4 edições que por cá passaram, o concerto foi igual ao que anunciava o cartaz ), os senhores seguintes foram os Only Crime, que subiram ao palco as 18.15h, para enfrentar uns escassos 300 espectadores, pois a banda é, relativamente, desconhecida, e a essa hora, lá fora, o sol ainda era bastante apelativo.

Para quem, como eu, nunca teve oportunidade de ver Good Riddance e os Descendents ao vivo, os Only Crime são uma pequena amostra dessas duas bandas, devido á presença de Russ Rankin, vocalista de Good Riddance ( ou Good Reason, como diria Mr. Jackson ) e de Bill Stevenson, baterista dos Descendents. E, fora possíveis comparações com essas bandas, o som é bom! Muita correria e muito salto em palco, um espectáculo oferecido por uns senhores entradotes mas que, em energia transmitida, envergonhariam muita banda de putos que por aí anda. O set foi composto pela ( quase? ) totalidade das músicas de To the Nines, o albúm de estreia da banda, num concerto marcado pelo profissionalismo da banda, em especial de um dos guitarristas, que mesmo de correia partida não interrompeu o concerto nem deu prego! Duas pequenas notas - a 1ª envolve um jovem tolo, que brindou Russ com o levantar de um copo de cerveja, ao que o vocalista respondeu amavelmente, mostrando-lhe a sua mão esquerda, com o dedo do meio levantado! A 2ª foi ver o Russ cá fora, na zona de comes e bebes, á procura de algo para comer que não fosse carne – deviam ter visto a cara dele a olhar para a roulotte das bifanas – só visto! Hehehe. Cumprido o dever, vamos á próxima etapa.

Strike Anywhere. Barulho. Pelo simples gozo de fazer barulho. Mau. Muito mau. Acho que posso dizer terrivelmente mau! Fiz-me gaja e fui direitinho á banca da t-shirts, para ver se completava a minha colecção para o verão 2005, e não me saí nada mal. Próxima paragem foi num dos bares, totalmente fornecidos pela Sagres – coisa rara em festivais, na torneira da menina da Puma ( as imperiais mais bem tiradas e mais frescas de todo o recinto, garanto! ).

Boy Sets Fire. Interessantes, pareceram-me melhores do que na primeira vez que cá vieram, num anterior Deconstruction. Eu não conheço o material dos senhores, mas mesmo com uma prestação interessante, eles não foram bons o suficiente para me fazer ficar muito tempo diante do palco. Ainda por cima estava mesmo na hora de jantar!

E chegou o segundo momento alto do evento – Strung Out! Estes senhores, que falharam o concerto de NOFX por problemas no seu autocarro, tinham muita gente á espera deles. Foi a primeira visita de Jason Cruz e seus pares a Portugal, e o vocalista cedo se apressou a pedir desculpa por terem falhado a visita de há dois anos. Pormenores, eles já estavam desculpados. As más-línguas andavam por aí a dizer que eles estavam virados para o gel, que eram os novos meninos-bonitos da MTV, mas afinal… o que eu vi, e bem de perto, foram 40 minutos de boa forma, de bom som ( não sei se o Pedro Rios foi ao concerto, mas se foi engoliu um sapo do tamanho do palco! ). Digo-vos já que, se aquele é o som da MTV, vou começar a prestar mais atenção ao dito canal. O set baseou-se, maioritariamente, no novo albúm Exile in Oblivion e em Twisted by Design, e faltou uma ou outra clássica ( como The Kids ), mas em 40 minutos era difícil fazer melhor do que aquilo. Na última música, Match Book, houve uma invasão de roadies e de pessoal de outras bandas, que desmantelaram toda a bateria, perante ar incrédulo do baterista Joey Burns e das gargalhadas dos ladrões e dos restantes Strung Out.

Faltavam as figuras de proa para encerrar a última data da Deconstruction Tour 2005, tarefa que coube aos Mad Caddies desempenhar. E muito bem cumpriram eles o que lhes estava destinado, pois nunca me diverti tanto num concerto como me diverti neste! O espírito era o habitual, o de festa! O ska / punk dos californianos levantou quem se tinha resguardado nas bancadas até essa altura, e meteu um pavilhão inteiro a dançar – a nossa pequena delegação até criou uma roda privada, só pra nós, muito boa onda! Villans, Road Rash, Monkeys, The Gentleman, No Hope, Mary Melody, Drinking for 11, Days Away, All American Bad Ass… sei lá…todas, todas aquelas que estávamos á espera, com um pequeno encore composto por Machos Nachos e Goletta. A apoteose foi quando Ed “The Dude” Hernandez decidiu dar espectáculo, e saltou para o meio da maralha de trombone na mão, ficando por lá ficou a tocar, como se não fosse nada com ele! A noite termina com uma multidão em palco para ajudar no encore, com muitas fotos a serem tiradas lá de cima, com inúmeros dives feitos pelo staff da Deconstruction e com o vocalista Chuck Robertson a exibir um belo cachecol vermelho, do glorioso SLB ( até ele, que não é de cá, sabe o que é bom! )! Enfim… foi a festa do costume!

Os Caddies ganham o troféu de melhor concerto do dia, mas só no foto-finish é possível relegar os Strung Out para o segundo lugar – sendo que o terceiro lugar do pódio pertence, indubitavelmente, aos Only Crime. Que a Deconstruction Tour volte para o ano, mas que traga um nome “grande”, é desolador ver apenas cerca de meio pavilhão cheio num evento destes ( só em Caddies a sala ficou bem composta, mas aí ficaram as bancadas vazias ). Mas bom, bom mesmo, foi ter passado umas boas 6h no recinto e não ter dado de caras, nem uma única vez, com o Xibanga… uma verdadeira satisfação!

terça-feira, maio 17, 2005

Breve Crónica de uma Super Mini no Alentejo

Para a Ni, para a Rita e para a João.

Beja, 5 de Maio, 10 e tal da noite ( 9 e tal? É capaz, não sei bem.. ). Chego à 22ª edição da feira anual da cidade alentejana durante o jogo das lagartixas contra os holandeses – e eram muitas, mas suspeito que tão numerosa presença fosse devido ao tardar da hora, pois o sol já não as obrigava a estarem escondidas debaixo das pedras, onde pertencem - ainda a tentar recuperar de uma viagem feita pelas estradas nacionais em condições peculiares, com duas horas de sono e sem meter nada no estômago desde as 4 da manhã dessa madrugada ( quem não está a par do fenómeno Espiga, é só ler os post sobre a mesma ), e quando dou por isso… já estava a dar continuidade á festa! Fui juntar-me a uma comitiva já presente, levado por uma motivação extra, a única capaz de me fazer empreender tal jornada em condições tão adversas ( fui ter a Beja sem pensar duas vezes mas teria ido ter á China ou a paragens nipónicas, se fosse caso disso ).

A comitiva era uma bela turma – A chefe ( chefe é chefe, não se fala mais no assunto! ); um lagarto em altas, no limite do seu orgulho e do nível de álcool no sangue ( que viria a ser substituído por um outro lagarto, este segundo bem mais comedido ); duas melgas, que até são bastante simpáticas, e digo isto mesmo depois de as ter visto dias inteiros a chatear tudo o que era gente ( tudo o que mexia era alvo, Primeiro Ministro incluído! ); e aquele que foi, sem a mínima dúvida, o personagem mais clássico que conheci nos últimos tempos – o Júnior! O Júnior é um brasileiro de considerável arcaboiço, tipo armário, com uma particular falta de gosto para escolher a indumentária ( quando não parecia um gangster de terceira categoria, vestia-se como o pior dos domingueiros num qualquer Domingo de Agosto…), e que aliava á farpela escolhida os seguintes itens – dois belos cachuchos, um em cada mão; uma pulseirona-tipo-dealer, bastante ostensiva ( quase ofensiva ); uma corrente dourada ao pescoço, com respectivo crucifixo e, qual cereja-no-topo-do-bolo, a acompanhar tudo isto, a respectiva boina ( tipo Virgul, dos Da Weasel – aquelas á dread! ) ou bonezito piroso, do piorzinho que vi por aí.

Mas este personagem era simplesmente um fenómeno – ele gosta de pimba brasileiro ( Banda Eva e similares ) e fez questão que, de Beja a Serpa, todas as pessoas soubessem disso, tal era o volume em que ouvia essas barbaridades enquanto conduzia a sua poderosa furgoneta ( as 2 viagens que fiz no dito transporte foram bem distintas – de uma mal me lembro, e da segunda morro de vergonha só de me lembrar, tudo por causa do som a bombar, que me fez tentar afundar dentro do banco para evitar ser visto – não que tenha alguém conhecido nessas paragens, mas mesmo assim…). Ele é também o rei dos machos, o principal mesmo – o tipo conseguiu meter-se com todas as mulheres da feira! Fossem elas novas, velhas, magras ou gordas, giras ou feias! Nem as que estavam acompanhadas escaparam, mas a que mais sofreu foi uma das melguinhas da comitiva, que foi massacrada dia e noite, durante o tempo que por lá estivemos! A juntar a tudo isto, a borrar definitivamente a pintura, o homem é daqueles heróis que tudo fazem e acontecem, daqueles que já viu tudo e que já foi a todos os sítios, daqueles que têm sempre uma história para contar, seja qual for a situação… e muita história ouvi eu, ao ponto de considerar que se calhar ouvir a Banda Eva aos berros não era uma coisa assim tão terrível! Ele falar, fala - e fala por um batalhão! Agora se aquilo tudo não é só conversa, se faz mais do que isso…

Facilmente se pode concluir que a viagem teria valido a pena só para conhecer o Júnior, mas houveram outros pontos de interesse. Atentem – O excelente bazar de artesanato russo ( que o Jójó tinha adorado se lá estivesse ); descobri que o Horseball não é bom nem é mau – é uma merda!; os chupas de Cannabis ( não fazem aquele efeito especial, mas dão pra entreter! ); a comida, tanto a produzida na base da comitiva como toda a que estava espalhada pela feira; a companhia foi muito boa, tudo gente bem disposta ( fraquinhos no que toca a saídas, mas tudo sangue bom! ) e… e mais não digo, senão tenho aí o Joanssen á perna, a dizer que eu sou lame e que este respeitável blog está a ficar lamechas ( e além disso, vocês não têm nada a ver com a minha vida, cambada de alcoviteiras! ). Ah, ainda consegui ver um bocado do concerto dos Blind Zero mas, sinceramente – e gostos aparte, quem os viu e quem os vê. Não são maus, mas a energia dos primeiros anos de banda já lá vai, e se tecnicamente estão melhores, ao vivo são uma banda pálida e inexpressiva, sem garra. Já não cativam, perderam a graça.

Tive a infelicidade de dar de caras com a Ana “Frota” Afonso logo na primeira noite. Sem me querer alongar no tema, porque não vale a pena relatar as tristes figuras protagonizadas pela celebridade, fico-me com esta – a dita senhora, que de senhora não tem nada, é White Trash, do pior mesmo. E mais não digo, porque não é preciso.
Além disto, de mau só mesmo o excessivo calor ( tipo uns 30 graus á sombra, pelas 11 da manhã – e ainda estamos em Maio! ), o Penafiel - que me ia estragando a noite de Sábado, a música – de dia os cantares alentejanos, sem pausas para respirar, e á noite uma batucada infernal em tudo o que era quiosque ou tenda, e a longa distância a percorrer entre casa e a feira, que desmoralizava um bocado as tropas, principalmente, quando após um dia de pé ao sol, era necessário gastar uma hora de estrada para se poder ir dar uma volta á noite. Mas isso foram pormenores que pouco nos afectaram.

Resumindo: foram uns dias em altas, a repetir, sem sombra de dúvida!

segunda-feira, maio 16, 2005

MAY 16

No more waiting on them
as you rise inside new rooms
It's offical, you've gone
you can live for no one else
Man the guilt must be huge
As there's no gain in failure
you succeed at being mine

Yeah, old friend, see you there
I will be proud from afar
I can paint a picture in a moment
of memories and there aren't many left

I am extradited, uninvited
It's just another saturday

Take a step to freedom
You and her lothing this cruel world
Take a breath of shelter
and exhale Trust and allegiance
Leberate yourself from hell

It's just another saturday

Joey Cape

sexta-feira, maio 13, 2005

The Boys Are Back in Town!

Passaram três anos desde a última visita a terras lusas deste evento, em Maio de 2002, o dia estava lindo e as 8h de convívio na praça Sony foram do melhorzinho que se viu. Este ano o evento é indoor, mas não creio que vá ficar atrás dos anos anteriores.




Mad Caddies; Strung Out; Only Crime

Quem já foi sabe do que estou a falar, de quem nunca lá meteu os pés... tenho pena!

Domingo, dia 15/05, Pavilhão do Restelo - Ladies and Gents...



Bom fds... já sabem o resto do recado!

terça-feira, maio 10, 2005

Espiga 2005 - Relatos de uma Batalha Dura

Pois é miúdos, lá passou outra Espiga. Para comemorar a minha 12ª presença a solo no melhor dia do ano, decidi inovar mantendo a tradição, ou seja, fiz absolutamente a mesma coisa que fiz nas outras Espigas! O tempo estava propício para a prática do nosso desporto rei, e no terreno cor de areia ( com algumas manchas verdes ) alinharam as seguintes equipas: pelos visitantes - Minis, Tagus, Bocks, Vodka ( que não consegui verificar a proveniência ) e algumas substâncias compostas por THC, tendo no banco as famosas febras, entremeadas, chouriços e afins. A equipa da casa foi a constelação do costume, os verdadeiros galácticos, atentem – Cheech, HR, Mr. Ron Jeremias, Mr. Jackson, El Ladron, Miss Lili, Fernandes, Edu Rosso, Piotr Cheese ( em representação dos D.J. and the Vietnam Whiskey Dancers ) e aqui o vosso escriba. Lamentou-se a ausência do primo Edson e do Fora-da-Lei, por motivos profissionais, mas a equipa teve reforços de luxo como Miss Charlie, Jean, Marlon Brandão e, a celebrar a sua primeira espiga, o mentor do PixaComXis! ( Esqueci-me de alguém? Desculpem )

Apresentadas as equipas, vamos ao relato dos acontecimentos. A partida teve início pelas 18h, e bem antes das 19, já era considerável o número de baixas entre os visitantes, assustados com a entrada de rompante do time da casa - numa outra ocasião, eu diria uma entrada á Benfica, mas nos dias que correm... enfim! E atenção, há que considerar que a equipa visitante se apresentou sem estar fresca, a uma temperatura ambiente mesmo, de modo a tentar dificultar a vida aos donos do terreno! A banda sonora variou entre o Punk e o Pimba ( se descubro o desgraçado que levou o cd da Juve Leo… ), e a primeira pausa foi para reforço alimentar, antes da deslocação ao café, para visionar o que se passava na meia final da Champions ( nem todos se deslocaram ao dito café, alguns preferiram ficar em “debate” animado com outros assuntos relacionados com a Holanda e com a equipa adversária ). Não fiquei para ver até ao fim, raramente fico, preferi dar continuação o combate.

A noite foi a esperada, com baixas de parte a parte, sendo a mais significativa a do duríssimo HR, que graças a um desaparecimento súbito, que a todos apanhou desprevenidos, ganhou o cognome de “D. Sebastião da Espiga”! Ele, ao contrário do outro, acabou por regressar, mas não nas condições que os ainda presentes desejavam ( mas isto são assuntos do foro interno do clube, não serão debatidos em público! ). Passou-se assim a longa noite, e foi chegando o amanhecer – desculpem não relatar aqui todos os pormenores, mas tenham em conta que seria repetitivo relatar a noite na base do “hora a hora”, pois seria apenas uma repetição infindável do número de disparates cometidos, excepção feita a um fantástico jogo de matrecos, disputado em condições nada próprias a qualquer prática que implique raciocínio rápido e destreza de movimentos. Após uma tentativa gorada de descanso aqui do je, ora eram os primeiros raios de sol a incomodar ou os companheiros de equipa a não querer dar descanso ao meu pobre e estafado corpo, lá me levantei do meu extremamente confortável e espaçoso veículo e fui ver o que se passava.

Ás primeiras horas da manhã, o aspecto da zona fluvial da praia da Foz do Lizandro é bastante similar ao das praias da Normandia, após os combates do dia D ( com o devido respeito e diferença, óbvio! ) – corpos das duas equipas jazem pelo extenso areal, consequência de uma devastadora e intensa noite de combates. Os mais novos já se encaminham para ao mar e nós, os duros da velha guarda, vamos andando até ao café, para uma merecida dose individual de cafeína e em busca de um refresco digno desse nome. Após o “pequeno almoço”, em pequenos grupos ( variam conforme o carro e as energias que restam em cada um ), começa lentamente o processo de desmontar arraiais, para que sigamos rumo ao sagrado e real lar, para finalmente termos o descanso merecido. Mas tudo isto, mesmo cansados e mal cheirosos, com um sorriso nos lábios, o sorriso próprio dos vencedores, daqueles que, mais uma vez, venceram a equipa visitante com uma inapelável goleada. Ganharam os galácticos, e assim é desde que me lembro. Para o ano há mais…

segunda-feira, maio 09, 2005

Mini Momentos - Pausa...

...Da-se... A poderosa Espiga... Seguida de OviBeja... A batalha permanente contra as bebidas alcoólicas... A eterna luta contra as substâncias psicotrópicas... Levar com a Banda Eva enquanto jantava... O Penafiel... A idade... Desculpem lá, mas hoje foi dia de pausa, estes dias foram extremamente agressivos... e elas não matam mas vão moendo... Hoje estamos encerrados para descanso de pessoal, é favor desculpar...

terça-feira, maio 03, 2005

O Melhor Dia do Ano!!!

Ele há quem espere todo o ano pelo dia do seu aniversário, outros que ansiosamente aguardam a noite de final de ano, mas no que diz respeito a dias especiais, eu aguardo pacientemente pelo dia da Espiga – o melhor dia do ano! Para quem não está a par do acontecimento, este é o feriado municipal de alguns dos concelhos do nosso país, entre os quais o que alberga a freguesia onde resido ( não, não temos o Santo António, mas… para quê? A noite de Santo António, em comparação com a da Espiga, é brincadeira de meninos… ), tem lugar 40 dias depois da Páscoa, e é sempre sinónimo de festa rija!!!

A celebração tem lugar na praia da Foz do Lizandro, e se as gerações mais velhas aproveitam o feriado de 5ª feira para grandes churrascadas ( sempre bem regadas ), os mais novos dão início aos festejos logo na 4ª feira á tarde, prolongando a festa durante a noite e na manhã de 5ª feira - nós, os mais duros e mais Old School, conseguimos estender a batalha até á hora de jantar de 5ª feira, mas isso não é todos os anos e não está ao alcance de todos, requer mesmo muitos anos de combate, muitas noites Espiga!

Mas onde reside o encanto desta noite? Á partida, pode parecer apenas mais uma noite de copos, só que desta feita passada na praia, á volta da fogueira e com a banda sonora a ser bombeada dos carros. Certo? Errado! A Espiga é tudo isso e muito mais. Além de tudo o que referi, das guitarradas á fogueira, da cerveja sempre fresca e de um grelhador sempre acesso, que providência alimento non-stop noite e dia, o segredo da Espiga está na forma fraterna, aberta e generosa que esta celebração assume. A partilha entre todos os presentes ( e estou a falar de centenas de pessoas! ) é um dado adquirido e genuína, os bens são oferecidos e trocados, na onda do “vou beber aqui uma mini das vossas, depois passem na minha tenda para comerem uma febra” - ao contrário dos afamados Santos, que perderam o encanto da festa popular para se transformarem em mais uma noite de negócio a preços exagerados, onde se precisa de pedir 30 vezes licença para conseguir avançar 5 metros.

Foram já feitas algumas tentativas de ”comercializar” a Espiga – palcos com concertos pimba, raves e até uma tenda gigante que deveria ter funcionado como bar! Mas todos estes disparates foram ignorados e /ou boicotados pelos presentes, pois a Espiga não é um negócio, e no que depender de “nós” ( falo por muitos, sei que sim! ) nunca será. É uma tradição, uma festa com anos e anos de historial, preservada de geração em geração. Espero, sinceramente, que as gerações futuras não deixem que a tradição se perca ou se estrague, pois certas tradições devem ser mantidas tal como são e foram.

Este ano, ao contrário do que é habitual, não temos direito a assistir, no “Café da Rotunda”, a uma final europeia ( há Milan vs PSV, menos mal…), uma tradição mais recente e mais restrita, mas não creio que isso vá prejudicar de algum modo a noite de festa que se aproxima. Devido a este feriado, o Mini Sagres vai entrar num curto período de férias, mas na próxima 2ª feira estamos de volta para relatar as peripécias da mais longa noite do ano ( e há sempre algo para contar, podem acreditar!!! ) Quero que todos, mesmo todos, se sintam convidados a aparecer, com a certeza de que serão bem recebidos e bem-vindos – quanto mais gente, melhor! Estamos no sítio do costume…

Boa Espiga e bom fds!

segunda-feira, maio 02, 2005

Down in a Hole

A 20 de Abril de 2002, foi encontrado no sofá de sua casa em Seattle, o corpo sem vida de Layne Staley. Mítico vocalista dos Alice in Chains, Layne tinha apenas 34 anos, mas já contava com um longo historial sucessos e de problemas relacionados com a dependência das chamadas drogas duras. Um problema que, aparentemente, nunca fez grande questão em resolver de forma saudável ( o álbum Dirt é todo ele um exemplo da forma como Layne lidava com as drogas, naquela que era uma relação mais de amor que de ódio ) e que levou a sua vida a ter um final precoce. Homem de variados talentos, com obra deixada não só na música, mas também a pintura, a escultura e a escrita, começou na bateria, onde ficou até aos 12 anos. Mais tarde, enveredou pelo canto, e foi vocalista de diversas bandas de Glam Rock nos anos 80 ( a última chama-se Alice N´ Chains, definida como uma fusão entre o Glam e o Death Metal, vá-se lá saber como…), até conhecer Jerry Cantrell numa festa, em 1987.



Cantrell apresenta a Layne dois amigos, o baterista Sean Kinney e o baixista Mike Starr, e é com esta formação que, no mesmo ano, nascem os Alice in Chains. Encurtando uma longa história, seguiram-se o platinado Facelift ( 1990 ), o multi-platinado Dirt ( 1992 ) e o homónimo Alice in Chains ( 1995 ), a edição de dois EP´s - Sap ( 1991 ) e Jar of Flies ( 1993 ), que juntamente com milhares de concertos pelo mundo todo, fizeram da banda uma incontornável referência musical dos anos 90. Apanhados no meio do turbilhão que foi o movimento de Seattle, foram automaticamente etiquetados de Grunge ( já passaram 15 anos e eu ainda não sei bem o que é isso do Grunge, mas não me parece que os AIC tenham muito a ver com o caso…), o que lhes valeu algum do mediatismo e protagonismo conseguido – a velha história de estar no lugar certo na altura certa. Mas esta proximidade ao dito movimento ( mais geográfica que sonora ) em nada compromete a particularidade musical da banda, que sempre se distinguiu por ser a mais Heavy das bandas de Seattle, o que lhe valeu tours com Metallica, Megadeth, Slayer, Pantera e presenças várias no festival itenerante Clash of the Titans.



O evoluir da dependência de Layne fez com que a banda deixasse de dar concertos após 1995 ( contam-se pelos dedos das duas mãos os espectáculos realizados após esse ano ), e levou a banda a um estado comatoso, durante o qual muito se especulou acerca de um possível final, mas esse só veio a acontecer após o falecimento de Layne. Com Mike McCready ( dos Pearl Jam ) gravou Above, num projecto que dava pelo nome de Mad Season ( designação utilizada para definir a melhor altura de apanhar cogumelos – não, não são esses que acompanham os bifes… ), e mais tarde, com Tom Morello ( ex- RATM, agora nos Audioslave ) gravou uma versão de Another Brick in the Wall part II, para a banda sonora do filme The Faculty. A arte de Staley, em forma de esculturas, pode ser apreciada na sede da Layne Staley Fund, e alguns dos desenhos e pinturas podem ser vistos nos discos de AIC ( o sol, logo da banda, é obra sua ) e de Mad Season.



Apesar de a sua especialidade não serem os instrumentos de cordas, criou algumas das mais marcantes canções dos AIC, como Hate to Feel, Junkhead ou Angry Chair, mas o seu talento como compositor destacou-se nos poemas únicos ( perturbados e perturbantes ) elaborados para acompanhar os riffs de Jerry Cantrell. Controverso e inspirador, heroinómano assumido e frontman de qualidades únicas, dono de uma senhora voz, Layne deixou legado e marcou as gerações seguintes. Pena é que as bandas que publicamente assumem influência dos AIC não estejam á altura da fonte de inspiração ( Godsmack, Creed e Staind, entre outras ). No passado mês de Abril, o aniversário do desaparecimento do músico foi celebrado numa já habitual vigília em Seattle, e em Agosto, no dia de aniversário de Staley, terá lugar a quarta edição de um concerto de tributo á sua obra, revertendo os lucros do espectáculo para o Layne Staley Fund. Passaram já três anos desde o desaparecimento daquele que Cantrell definiu como “(…) a pessoa mais introvertida, generosa e genial que tive o prazer de conhecer.”, mas a sua vida e o seu trabalho não foram nem serão esquecidos.

“Am I wrong? Have I run too far to get home?
Am I gone? And left you here alone?
If I would, could you?”

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