quarta-feira, maio 25, 2005

Boas Ondas no Coliseu

Eu sei que por vezes vocês podem não ter essa ideia, mas nós aqui somos pessoas ocupadas. Visto precisar de todo o tempo do meu fds para dar atenção a uma certa miúda ( e por ter vendido o meu bilhete num bom negócio! ), não consegui estar presente no concerto de Jack Jonhson. Como o Cheech também não foi, é partida não haveria reportagem do concerto aqui no Sagres. Mas, como nós somos tipo Big Brother - tudo sabemos e tudo vemos - conseguimos infiltrar um dos nossos espiões na mais bonita sala de espectáculos de Lisboa, e assim, aqui fica a dita reportagem. O staff aqui do Mini Sagres agradece ao grande amigo HR pela mãozinha dada.

"Ao comprar bilhete para o concerto de Jack Johnson (quando também adquiri o ingresso para US3 no Santiago Alquimista) não me passou pela cabeça que a lotação iria esgotar mal o Diabo esfregasse um olho.

Assim foi, e apesar do ambiente de excitação generalizada (os factos de J.J. ser surfista – ex-profissional, inclusivamente – e afilhado musical de Ben Harper não serão alheios a este fenómeno de popularidade) a minha expectativa para a actuação manteve-se inalterada. A música de Jack Johnson tem qualidade, é boa onda, melodiosa como o marulhar – mas não chega a ser genial nem multifacetada como a do seu padrinho.
Com o estômago forrado por loiras, tremoços e pregos da sempre à mão Cervejaria Solmar, a mini-comitiva entrou na emblemática sala de concertos lisboeta quando passavam poucos minutos das 21, já tocava a banda liderada por Donovan Frankenreiter (outro surfista com provas dadas), numa primeira parte de surf-music que soltou e aqueceu a plateia para os ritmos que estavam reservados para breve.

Nota prévia: é sempre melhor que a plateia se revele entusiasta, puxando pelos artistas e participando no espectáculo, mas a sobredosagem de media hype terá atraído para este concerto um dos públicos mais conquistados à partida que recordo – tornando, assim, alheio ao músico havaiano (que não se leva tão a sério, como se viu pela recente entrevista concedida ao Blitz) o ponto menos positivo da noite.

Mas o que fica para a história é que no final da prestação eu sentia mais respeito pela arte musical de J.J. – principalmente devido ao arranjos com que fez respirar as suas composições e pelos subtis trechos de músicas alheias (por exemplo, “Natural Mystic”, do omnipresente Bob Marley, e o sempre tocante“I Would For You”, dos seminais Jane’s Addiction, cujo frontman, Perry Farrell, também é surfista) enxertados nas suas criações originais –, saindo bem disposto de um concerto agradável e descontraído, sem pirotecnias nem coelhos tirados da cartola, em que Jack Johnson fez da simplicidade e despojamento das suas canções os maiores trunfos.

HR"

PS - Malta, eu estou de malas aviadas e volto aqui 2a. É só para avisar que se o Cheech não tiver tempo, e se eu não encontrar onde fazer um post além-fronteiras, estes são já os votos de um bom fds!

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