terça-feira, abril 12, 2005

Um belo Panorama

A comitiva era atenciosamente recolhida ao domicilio, a expectativa para uma noite de bons momentos encarnava no bom humor de um pequeno (mas só de tamanho!) samoano que insistia em dar vazão aos seus pensamentos bem regado por um "néctar de uva" só ao alcance de poucos. Uma garrafinha daquelas ficou-me prometida mas vou esperar para ver se promessas não são vãs.....
O banco detrás do Peugeot estava mais que lotado, diziam que eram todos delgadinhos e que cabiam lá todos, o que para mim era indiferente pois a minha comodidade era total.
Santiago Alquimista, lugar acolhedor onde o ferro mate combinado com madeira antiga (mas bem conservada e arranjada) dão um toque místico ao local; algo que se enquadrava bem no som dos responsáveis pela nossa rumada a Lisboa. À entrada esperava-nos uma bela surpresa; os elementos da banda exerciciam a sua Segunda profissão, a de vendedores ambulantes que tentam colher mais alguns euricos para verem a sua profissão melhor recompensada em termos monetários.
Foi longa a espera para que as primeiras notas tocassem os tímpanos do público presente. Estas fizeram-se sentir via ÖLGA, banda portuguesa que recentemente irá gravar o seu primeiro registo.
Os ÖLGA......os ÖLGA tentaram animar o público através de um meio mais experimental que foi um pouco mal conseguido porque ,verdade seja dita, as condições sonoras também não ajudavam. Acho que fiquei a perceber porque razão não os conhecia mas pelo menos tiveram a ousadia de combinar sons pouco usuais para uma banda originária deste paraíso do território Europeu.
Mais uma vez a espera foi longa. Finalmente os Logh tinham oportunidade para pisar o palco e dar uma amostra do talento que este quinteto nórdico possui. O propósito da digressão é o de promover o seu novo álbum A Sunset Panorama. Foram direitos ao assunto com I Fell Into The Well e A Sunset Knife Right, temas que são o "rosto" do novo registo.
A melancolia e o misticismo provenientes dos temas apresentados apoderavam-se da maior parte do público exceptuando uma pequena porção que insistia em desrespeitar uma manifestação de arte que apelava ao silencio de quem estava presente. "isto não é nenhuma casa de fados!", defendiam uns ou "Esta gente não tem respeito nenhum!" proclamavam outros. Eu sinceramente compreendo estas duas opiniões apesar de preferir a segunda.
Durante o concerto os albums anteriores foram também abordados, sendo o The Rising Sun mais focado talvez porque a anterior passagem da banda serviu para promover Every Time A Bell Rings An Angel Gets His Wings que quanto a mim é sem dúvida o melhor registo e algo que dificilmente estes suecos vão alguma vez repetir. A música Yellow Lights Mean Slow Down, Not Speed Up foi a prova que é neste álbum que a força dos Logh impere com um "sacar" de som da guitarra no mínimo impressionante.
Foi uma noite em cheio para alguns, para outros nem tanto. Saímos do Alquimista depois de "presenteados" com dois encores e com a certeza que a magia dos Logh está presente nos momentos mais silenciosos das suas melodias bem como nos momentos de maior libertação sonora.
Cheers!
Fotos cortesia de HR/JDPosted by Hello

Comments:
Nada a acrescentar Cheech. Concerto nota 10, crítica nota 10!
A noite, pós-concerto, podia ter sido mais longa, mas enfim... não se pode ter tudo!
 
Tenho a acrescentar que nessa linda foto, eu e o primo Edson ficámos muito bem. Para os menos atentos, no canto superior direito, primo Edson de pé e eu sentado, muito atentos ao desenrolar dos acontecimentos!
 
Mas quem será este rapazinho anormal?
 
Rapaz....essas neuroses têm de ser tratadas...de pimp a neurotic assentava melhor.Isto não é nenhum bordel para vires para aqui dizer parvoices.
 
Rapaz....essas neuroses têm de ser tratadas...de pimp a neurotic assentava melhor.Isto não é nenhum bordel para vires para aqui dizer parvoices.
 
Este palco é fantástico.
 
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