Mini Sagres On-line

O novo albúm de Jack Jonhson é...é...é assim assim! Continua com o nível e com a qualidade dos dois que o antecederam, Brushfire Fairytales e On and On, mas não apresenta nada de novo, nada a que mereça ser dado especial destaque. Quem conhece o trabalho deste natural do Hawai, sabe que não é suposto esperar muito mais daquelas bandas, mas creio que fazer um terceiro registo que é quase copy paste dos anteriores não é muito abonatório. A harmonia dos instrumentos acústicos, a voz tranquila e as melodias tocadas “a meio gás”, sempre a fazer lembrar o mais deslumbrante sunset de uma tarde de verão, tudo isto está presente no novo albúm, mas apenas num repetir de fórmula que já usou, e que lhe garantiu resultados muito positivos.




Sem o dedo mágico de JP Plunier, produtor de Ben Harper, na produção, e sem o toque de midas do “padrinho” Ben Harper, que se fizeram notar em Brushfire Fairytales, e sem os reforços de peso que tinha na Tour de On and On ( Jack fez-se acompanhar em parte dessa Tour pelos ex-companheiros de Bradley Nowell, dos sublimes Sublime ), mas com a experiência acumulada de albuns anteriores, anos de estrada e de “boas companhias”, seria de esperar mais deste terceiro disco. Mas Jack não nos presenteou com o que seria a evolução natural do seu trabalho, e o salto qualitativo que se notou na transição de Brushfire para On and On ( onde passou de um albúm competente, mas comercialão, para um excelente registo ), não se fez sentir na passagem para este In Between Dreams.

In Between Dreams é algo que fica exactamente a meio do trabalho já realizado, bebendo um pouco dos dois antecessores, pois apresenta-se com a competência de Brushfire ( mas sem o mais do que evidente lado comercial deste ), e dá um arzinho do génio que Jack mostou ter em On and On, ficando, porém, bastante aquém do brilhantismo do segundo disco. Como tal, pouco ou nada de novo há para assinalar, não vamos encontrar aqui algo nunca antes visto mas também não encontramos nada que nos aborreça ou a que seja possível apontar o dedo por falta de qualidade. Destaque apenas para Belle, um minuto e meio em jeito de Bossa Nova, cantada em várias línguas, que leva a menção honrosa e é, muito provavelmente, a melhor música deste In Between Dreams.

È pra ouvir descontraídamente, tanto naqueles dias de ronha, quando só nos apetece ouvir algo de agradável sem ter que pensar muito, ou como banda sonora perfeita para os fins de tarde de verão, para acompanhar as cervejas e os amigos, depois da praia e antes de jantar. Também recomendável como banda sonora para primeiros encontros, prenda de aniversário para a irmã mais nova, ou, ( para que gosta – Blgrrhhhh... ), como acompanhamento dos passeios de carro ao fds com a namorada, pois não conheço moça que não se encante com as melodias de Jack Jonhson. Como se diz por aqui, é um bom chazinho, para ouvir á vontade, pois não satura... mas também não deslumbra.

Jack Jonhson – In Between Dreams – 5 / 10 ( 0 / 10 )