terça-feira, fevereiro 01, 2005

Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers (2)

Hey! Por aqui, vamos hoje continuar a história que deu origem á mítica banda. Amanhã teremos o fim desta tragédia que começou no Dafundo.

Na véspera de Natal desse mesmo ano, Diana desembarcava no aeroporto da Portela.
Tinham passado praticamente dois anos, desde a data em que, no mesmo aeroporto, embarcou para o outro lado do oceano. Desta vez chegava determinada a vencer, a ter sucesso. Sempre com o sonho de vir a ser uma estrela no mundo da música, Diana apontava agora as suas baterias ao Punk Rock, pois a experiência em New Orleans deixou-a ciente das suas limitações, mas sabia o que queria. Apesar de um pouco gasta, era ainda jovem e bonita, e tinha a noção de que com a atitude certa, e rodeada das pessoas certas, não seria muito difícil chegar onde pretendia, não ia olhar a meios para atingir os seus objectivos.

Havia imenso para contar acerca de si mesma, o que juntamente com toda aquela revolta que sentia, devido ás acidentadas curvas da sua vida, iria conseguir transformar em boas canções Punk. Disso ela tinha certeza absoluta. Queria motivar as jovens adolescentes com o seu exemplo de força e rebeldia, tipo Avril Lavigne, e, ao mesmo tempo, apostava em mostrar ás mulheres da sua idade ( e até ás mais velhas ), que era possível ser puta e santa ao mesmo tempo, sem se perder nada com isso. Muito tinha Diana para contar. Mas primeiro tinha que se estabelecer em algum lugar.

Não voltou ao Dafundo, sabia de antemão que não iria ser bem recebida pelos pais, por isso procurou nova paragem onde assentar. Seguiu para norte, descobriu uma vila simpática, bem perto do mar, e alugou um T1, que lhe chegava perfeitamente, pois vivia sozinha, e não tinha ideia de mudar essa condição, dizia que já tinha tido a sua conta de homens. Conseguiu emprego numa loja de discos, um segundo num bar local, e nos dois locais colocou anúncios, nos quais se lia: Vocalista com experiência e material procura restantes elementos para formar banda Punk. Pede-se aos interessados o favor de se dirigirem ao balcão. Perguntar pela Diana.

Mas nada, ninguém mesmo. A comunidade Punk naquela pequena vila era muito reduzida, não eram mais do que meia dúzia de gatos-pingados. E desses, os poucos que conseguiam arranhar um qualquer instrumento, já tinham a sua própria banda ( e única na localidade, eram os Panque Izznott Dad ). Numa chuvosa noite de 3ª-feira, como era a sua noite de folga do bar, decidiu ir ver a dita banda, num concerto que ia ter lugar numa pequena cave, que era também a sala de ensaio dos rapazes. Além dos amigos da banda, e de dois agarrados locais, Diana era a única pessoa presente. Quis o destino que o vocalista dos Panque Izznott Dad, tivesse uma quebra ( devido a uma sobredose de Haxixe e Tequilla ), e como não conseguiu terminar o concerto, foi corrido da banda.

Dois dedos de conversa com o baixista, umas cervejas de lata do Lidl, umas ganzas, e uma noite que terminou no colchão estacionado a meio do quarto de Diana, e pronto, no ensaio seguinte lá estava ela, de microfone na mão. A banda começou a levar melhor rumo com a entrada da vocalista, e passados dois meses de ensaios, Diana ( que por esta altura já andava enrolada com o baterista ) conseguiu marcar um concerto no bar onde trabalhava. Tinha ganho grande influência na banda, e por ter tanto espaço de manobra, decidiu que, para uma estreia em grande, a banda precisava de um nome á altura. Em memória dos tempos difíceis que tinha passado nos states, e por ser ela o centro das atenções, a banda passou a ser conhecida como Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers.

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