quinta-feira, janeiro 06, 2005

The day after!

Sábado, 01 de Janeiro, do ano do senhor (seja ele qual for! Rimou, olé!) 2005.

Algures na costa vicentina, após uma noite de intensa folia, o despertar foi vagaroso. Ao acordar, lembrei-me da ultima frase do mentor do Cantinho das Sopas. Imaginem vocês, meus amores, o seguinte: um rapazola totalmente estragado, com os olhos em 16:9, vestido num pijama verde justo (igual aqueles que usavamos em plenos 80´s), quase a cair para o lado, que me diz o seguinte- " Sou mesmo forte!" A reacção foi uma risada daqueles dementes! Logo, a palavra passou, e a frase pegou entre os presentes (rimei outra vez!).

A malta que estava em melhores condições, cedo se apressou a subir a âncora, e tratou de ir arranjar sítio para almoçar, pois, como devem calcular (e nós - a força especial de elite- também deviamos, tendo em conta a experiência da noite anterior), naquela terriola estava tudo fechado. Quando me dignei a tirar o cu da cama, a rapaziada já andava na gandaia, já tava tudo a dar início ao andamento, ou seja, estavam a tentar apanhar a da noite anterior, mas após longo esforço, lá nos conseguimos mexer, em busca de conforto para a barriga, mas sem ser em estado líquido.

Mas tava tudo fechado. Supermecados, cafés, restaurantes, enfim... essas merdas! Quer dizer, tudo não, a Comidaria Acepipe estava aberta, e foi, sem sombra de dúvida, a nossa salvação! O senhor da Guitarra tava com o saldo a zero, e a paragem seguinte foi no vomitador de notas, inimigo número um de qualquer pessoa em estado gasoso. O carro parou, e durante a espera, tentei desconversar com o Mais forte. Palavra puxa palavra, e quando lhe pergunto algo do tipo"És mesmo o mais forte, não és?", a resposta, pronta e na ponta da língua, ficou como um dos mais emblemáticos e marcantes acontecimentos desta saga - "O mais forte não, eu sou O Fora-da-Lei!" Conclusão: Fora-da-Lei -2; Tropa de Elite -0.

De volta a casa, recomeço de combate, nos termos mencionados nos post anteriores, sobre o mesmo assunto. O senhor Rosso, tanto lhe deu no 1920 e no Martini, que acabou por herdar mais um nick (esta foi mesmo cool, hum?), o de Rosso, pois, enquanto eu atacava furiosamente o esfregão palha-de-aço do Guitarras (ele diz que é cabelo...), de modo a dar-lhe um arzito decente, o Rosso tratou de maltratar o conteudo das ditas garrafas.

Jantar de batalhão, e preparação para mais uma noite. Fomos ao pontapé para beber qualquer coisa para alegrar os espíritos e debater os eventos da noite anterior, mas o Rosso estava irrequieto. Quem o descobriu foi o Fora-da-Lei, na ponte adjacente ao bar, com ar de quem estava a ser torturado, prontinho para largar lastro. "O barco está quase a ir ao fundo, mas não vai ao fundo, porque vou deitar a carga ao mar..." E após ter proferido estas sábias palavras, deitou mesmo!

Se não me falha a memória, daqui fomos para a disco local (não a Blue Sky, esta é outra...), onde o som tinha melhorado considerávelmente desde a noite anterior (até deu The Clash- 2x!), mas o decote das caipirinhas já não existia! Fomos ficando, ficando, até ao finalzinho, como é nosso apanágio, hábitos adquiridos nas idas ao Ouriço. Das personagens da disco, apenas lamento não ter fotos, pois não existem palavras que descrevam tamanhos cromos! Aquilo é lindo!

Chegada a casa, touca geral, e o banzé foi tanto, que um dos companheiros já adormecidos, veio apelar ao nosso bom senso e, principalmente, a que o barulho fosse reduzido para níveis aceitáveis para quem já repousa. A comida já era pouca, mas havia o creme de espargos! Aquela hora, com aquela cabeça, foi um manjar dos deuses. De seguida, retirei-me para os meus reais aposentos, de modo a descansar qualquer coisa, pois estava, literalmente, a cair.

Vamos assim deixar o best for last, a noite que nos levou a palmilhar terreno.
Amanhã, não perca, o capítulo final da saga das bestas amestradas!

Comments:
E eu a pensar que o creme de espargos tinha sido uma extravagância do fora da lei...!! - Mac
 
Foi repasto, e do bem bom!!!
 
Não queres dar a receita do creme de espargos, não?
Não diria que as personagens sejam bestas amestradas, parecem-me mais "potros doidos", no bom sentido, claro.
Vou comprar bilhetes para o final, antes que esgote. :o)
 
Receita do creme de espargos: pôr uma panela de água ao lume, esperar que ferva, abrir o armário, gozar com o Fora da Leia "eh eh eh, p'ra que é que tu compraste isto, ó mAior?... Mas é bem, sempre dá para aconchegar o estômago, que o prego do almoço já se digeriu anteontem", abrir o pacote da Knorr, atirar o conteúdo lá para dentro e esperar que as intruções no verso estivessem correctas. Aguardar uns minutos e beber Glenfiddich para matar o tempo. Servir.
 
Antes de qualquer outra coisa, quero aqui deixar uma nota de apreço ao Chi (para vocês plebe- Guitarrista Famoso)pelo primeiro comentario aqui no meu tasco, ao fim de não sei quantos meses de vida. Verdade seja dita, não me estou a queixar de falta de apoio, pois o Chi foi o meu "padrinho" na blogsfera, mas fico verdadeiramente sentido com o comentario.

A cena dos espargos: só dou receitas pessoalmente!
 
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