segunda-feira, janeiro 31, 2005

Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers

Devido a uma gigantesca quantidade de mail´s que recebi a perguntar quem é a banda que recebeu o prémio de melhor banda nacional, aqui nos Mini Sagres Awards 2004, sinto-me obrigado a explicar aos meus queridos leitores quem é a banda em questão. Assim, nos próximos dias, será aqui relatada a verdadeira história dos Diana Jones and the Vietnam Whiskey Dancers.

Segundo reza a lenda, Diana, era uma simples miúda que do Dafundo. Portuguesinha típica de classe média/baixa, ainda com a dentição completa, a repetir o 11º ano pela 5ª vez, gostava de Techno, de charros, de pastilhas e do seu mais-que-tudo, o Ernesto. Os papás tinham um bungalow para férias no camping da Caparica, e graças a esse bungalow, a vida amorosa de Diana ia de vento em popa, pois além da rapidinha que dava depois das aulas ( assim que o Ernesto largava da oficina , na arrecadação do prédio onde vivia ), dava para ir dar uma ou duas com calma, depois de jantar, pois do Dafundo á Caparica, no Golf GTI do Ernesto, era um pulinho.

Mas esse bungalow acabaria por ser a primeira de uma vida repleta de desgraças. Foi lá que a polícia foi descobrir os bugos do Ernesto (escondidos num fundo falso da churrasqueira comprada no Jumbo de Setúbal ), e foi lá também que descobriu que estava grávida, fruto de uma aventura que teve nesse fatídico local, com um brasileiro, num daqueles Sábados que o Ernesto não conseguiu ir ter com ela, porque tinha ido ver o seu Sporting ( ou seja, tinha dado um pulinho ao Avião com a malta lá do bairro ).

Namorado preso, e com a vida de pantanas ( os pais deram-lhe guia de marcha, quando descobriram que ela estava grávida ), foi forçada a encontrar rapidamente uma solução de recurso. Não teve meias medidas. Foi a Badajoz abortar, vendeu o resto dos bugos e pastilhas que o Ernesto lhe tinha pedido para guardar, e toca de emigrar para os States. Fixou-se em New Orleans, na esperança de ser inspirada pelo espírito do Jazz e transformar-se num mito maior que a Ella Fritzgerald ou mesmo na nova Tina Turner.

Foi no meio da folia do Mardi Gras que conheceu Barry Jones. Barry era sino-americano, filho de pai americano e mãe vietnamita ( as más linguas dizem que ele era fruto de causualidades da guerra...), que acreditava piamente que o espírito do falecido Brian Jones ( dos Stones ), tinha encarnado na sua pessoa ( o seu nome verdadeiro era Barry Tsing Tao ). A paixão entre os dois foi imediata, e o casamento foi dois dias depois, apenas o tempo de chegar a Maryland á boleia. Barry geria um pequeno bar de strip, propriedade de um tio, numa das zonas mais manhosas da cidade, onde fazia algum dinheiro explorando bailarinas exóticas ( estrangeiras ilegais sem autorização de residência ), e aldrabando no Whiskey, que era negócio de família, vindo directamente do Vietnam.

Todos os Sábados á noite, antes do show lésbico – o prato forte da semana, a banda de Barry e Diana subia ao palco, para tocar covers de Santana, Ricky Martin e de Whitney Houston, eram os New Orleans Soledad Orchestra. Barry tinha tudo menos o talento de Jones, e Diana não era propriamente uma diva... bem, nem de perto nem de longe. Numa discussão mais acalorada com um fã ( um cliente do bar, que lhe disse umas verdades acerca da qualidade da banda ), Barry sofreu um AVC, pois seu coração, apesar de ainda ser relativamente jovem, não aguentou as emoções geradas com o calor da discussão, juntamente com uma mistura letal de coca e Whiskey marado. Com o esposo morto, Diana Jones voltou a estaca zero.

O tio de Barry, que nunca tinha aprovado a união do sobrinho com a portuguesa, deixou bem claro a Diana que teria que trabalhar como as outras, para ter direito a comida e cama. E Diana não teve outro remédio senão trabalhar como stripper. Nesse mesmo dia, jurou a si mesma que iria juntar dinheiro e voltar a Portugal. Assim, foi guardando a miséria que recebia como stripper, juntado-a ás gorjetas que recebia dos clientes. Mas não chegava, mesmo assim era curto. Diana desceu ao fundo do poço, e foi forçada a acompanhar alguns clientes do bar pela noite dentro, outras vezes foi convidada especial em festas privadas, organizadas por hot-shots da cidade, onde fez de tudo um pouco, tudo isto para conseguir juntar dinheiro mais rapidamente. Utilizou ainda o restante tempo livre em ensaios fotográficos para revistas de adultos e em filmagens da mesma especialidade. Em cerca de oito meses juntou o que precisava para o bilhete de avião e para um pequeno pé-de-meia.

( continua )

Comments:
Queria avisar que o sheriff está back in business... Depois dou mais noticias.
 
AH!.... e quanto a sms enviados a certas horas sobre assuntos delicados, dos quais não nos devemos pronunciar quando temos telhados de vidro, só quero que saibam que não reajo a provocações, além disso ainda não ganharam nada e o beira-mar ainda está na taça.
 
Pensava que estava a ler um conto do Burroughs - a lenda está lançada! - Mac
 
O camarada Esteves devia preocupar-se em actualizar os blogs onde participa. Com ou sem sorte, com ou sem telhados de vidro, uns estão lá e outros não, e isso é que conta! Grande abraço
 
Aviso da gerência: visto não ser o Mini Sagres On -Line um blog acerca de futebol, e como por aqui nós gostamos que "cada macaco fique no seu galho", a partir deste momento, todos os comentários que não tiverem qualquer lógica, ou relação com o post, serão apagados. Fica o recado, espero que para bom entendedor...
 
Parece que não és bom entendedor. E estás azedo hoje, deve ter sido o choco frito que te caiu mal, aniquilou o teu senso de humor. Mas se queres falar de bola, falas no teu blog, ou então falas de bola quando o assunto do post que aqui estiver for bola. Ou ainda, esperas umas horas e participas no "tudo a estalada", o novo blog sobre o desporto rei! Cheers mate!
 
menos barulho e mais porrada por favor
 
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